Goiás estima economia de R$ 28 bilhões em 30 anos após adesão ao Propag

Estado é o primeiro do país a ingressar no novo programa federal de reestruturação das dívidas com a União e projeta forte alívio fiscal no longo prazo

Danilo Boaventura Danilo Boaventura -
Fachada da Secretaria da Economia de Goiás concurso
Secretaria de Economia do Estado de Goiás é responsável pela organização do concurso. (Foto: Divulgação)

Goiás se tornou o primeiro estado brasileiro a aderir ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados e do Distrito Federal (Propag), criado pelo Governo Federal.

A adesão foi oficializada com a publicação do termo no Diário Oficial da União desta quarta-feira (24).

Com a migração para o novo modelo, o Estado estima uma economia líquida aproximada de R$ 28 bilhões ao longo de 30 anos.

O cálculo considera a comparação com o cenário anterior, no qual a dívida seguiria submetida às regras antigas de correção.

O Propag substitui o indexador da dívida estadual, que antes era baseado na taxa Selic.

A partir da adesão, a correção passa a ser feita pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com juro real zero.

A mudança reduz a volatilidade do estoque da dívida e torna o custo financeiro mais previsível.

O novo modelo alinha a atualização dos valores ao comportamento da inflação, oferecendo maior estabilidade fiscal.

Outro efeito direto da adesão é a saída de Goiás do Regime de Recuperação Fiscal (RRF).

O regime impunha limitações mais severas à execução do orçamento estadual.

Com o novo enquadramento, o serviço anual da dívida deve cair de cerca de R$ 2,5 bilhões para aproximadamente R$ 1,4 bilhão.

A redução amplia a margem orçamentária e melhora o planejamento financeiro do Estado.

O Propag também permite o uso de ativos financeiros para amortizações extraordinárias da dívida.

Entre eles estão créditos da dívida ativa, royalties e recebíveis federais.

Mesmo fora do Regime de Recuperação Fiscal, Goiás continuará submetido a mecanismos de controle fiscal.

O programa mantém exigências de transparência, disciplina orçamentária e limites de despesas.

Segundo o Governo Estadual, a economia gerada poderá ser direcionada a áreas estratégicas.
Saúde, educação, segurança, infraestrutura e políticas sociais estão entre as prioridades indicadas.

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Danilo Boaventura

Danilo Boaventura

Jornalista graduado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), pós-graduado em Docência em Comunicação pela Faculdade Cidade Verde (PR) e mestrando em Marketing Político pela Universidad del Salvador, de Buenos Aires.

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