“Favelas” na Suíça: até quem é pobre no país tem qualidade de vida superior à de muitas cidades do mundo

Bairros populares suíços chamam atenção pela infraestrutura, segurança e acesso a serviços básicos, mesmo entre a população de baixa renda

Magno Oliver Magno Oliver -
“Favelas” na Suíça: até quem é pobre no país tem qualidade de vida superior à de muitas cidades do mundo
(Foto: Reprodução)

Falar em “favelas” na Suíça soa estranho para quem associa o país apenas a alto padrão de vida e riqueza extrema. No entanto, vídeos e relatos recentes que circularam nas redes sociais mostraram bairros considerados populares ou de baixa renda em cidades suíças, como Basileia, e chamaram atenção pelo contraste com a realidade de muitas cidades ao redor do mundo.

Apesar do rótulo usado de forma comparativa, essas áreas não se parecem com favelas no sentido tradicional. Pelo contrário, são bairros planejados, com prédios conservados, ruas asfaltadas, transporte público eficiente e serviços básicos funcionando plenamente.

Mesmo quem vive com renda considerada baixa para os padrões suíços tem acesso garantido a saneamento, saúde, educação e segurança pública. Além disso, os bairros contam com áreas verdes, escolas próximas, comércio local ativo e espaços comunitários bem cuidados.

Outro ponto que surpreende é a presença constante do Estado. O poder público mantém a infraestrutura urbana, fiscaliza construções e assegura que nenhum cidadão fique sem condições mínimas de moradia. Assim, não existem ocupações irregulares, esgoto a céu aberto ou ausência de serviços essenciais.

Além disso, a Suíça possui um dos maiores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do planeta, o que ajuda a explicar por que mesmo a população mais pobre vive com dignidade. A pobreza no país é medida de forma relativa, ligada ao alto custo de vida local, e não à falta de estrutura básica.

Enquanto isso, em muitos países, inclusive em grandes centros urbanos, áreas pobres convivem com precariedade extrema. Na comparação, bairros populares suíços acabam oferecendo qualidade de vida superior à de diversas cidades inteiras pelo mundo, mesmo sem luxo.

Outro fator importante é a mobilidade. O transporte público permite que moradores de bairros populares se desloquem facilmente para qualquer região da cidade, reduzindo desigualdades no acesso ao trabalho, à educação e aos serviços.

Por fim, o caso das chamadas “favelas” suíças mostra como pobreza e dignidade não são necessariamente sinônimos de precariedade. O exemplo do país europeu reforça que políticas públicas eficientes e planejamento urbano fazem diferença direta na vida da população, independentemente da renda.

Assim, a comparação viral não fala apenas sobre riqueza, mas sobre prioridades sociais, revelando como um modelo de gestão pode garantir bem-estar mesmo para quem está na base da pirâmide econômica.

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Magno Oliver

Magno Oliver

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Escreve para o Portal 6 desde julho de 2023.

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