8 direitos e benefícios para idosos acima de 60 anos que pouca gente sabe
De passagens gratuitas a medicamentos e isenção de impostos, a lei garante vantagens que muita gente ainda não usa — mesmo tendo direito
O Brasil envelhece rápido — e os números deixam isso claro. O Censo 2022 mostrou que o país saltou de 21 milhões de pessoas com 60 anos ou mais em 2010 para 32 milhões em 2022, um crescimento de 52% em apenas 12 anos. No mesmo período, a expectativa de vida subiu de 73,9 para 77 anos, enquanto a taxa de fecundidade caiu.
Esse novo retrato do país exige políticas públicas fortes, mas também revela um detalhe pouco falado: já existe uma lista de benefícios legais em vigor que pode aliviar o bolso e ampliar a autonomia de quem está na terceira idade — só que muita gente ainda não sabe como usar.
A maioria desses direitos está prevista no Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003) e segue válida em 2025, sendo mantida para 2026. A seguir, veja oito benefícios que muitos idosos deixam passar por falta de informação.
Carteira do Idoso: o documento que abre portas
Antes de falar dos benefícios, existe um atalho que facilita o acesso a vários deles: a Carteira do Idoso.
Ela é gratuita e foi criada para ajudar pessoas com renda de até dois salários mínimos a comprovar essa condição e garantir direitos, especialmente em viagens interestaduais. Além disso, pode servir como comprovante em programas assistenciais e agilizar atendimentos.
Meia-entrada: cultura com preço pela metade
Cinema, teatro, shows e outros eventos culturais têm um desconto garantido para quem passou dos 60. O valor deve ser reduzido pela metade e o idoso ainda tem prioridade em filas e no acesso aos espaços. É um direito que amplia a participação social e evita que lazer vire luxo.
Transporte urbano gratuito: ir e vir sem pesar no bolso
Em muitas cidades, pessoas acima de 60 anos podem usar ônibus, metrôs e trens urbanos sem pagar. As regras variam conforme o município, mas em vários lugares basta apresentar um documento ou a Carteira do Idoso.
Para quem precisa se deslocar com frequência, isso faz uma diferença enorme no orçamento mensal.
Viagens interestaduais: passagem grátis ou desconto
Pouca gente sabe, mas o idoso tem direito a viajar entre estados com vantagens garantidas em ônibus: são duas vagas gratuitas por veículo. Se essas vagas já estiverem preenchidas, entra outra regra: o desconto mínimo de 50% na passagem.
Esse benefício é especialmente importante para quem precisa visitar familiares ou se deslocar para tratamentos e consultas.
IPTU mais leve: descontos que dependem do município
Em várias cidades do Brasil, o IPTU pode ficar mais barato para idosos, principalmente para quem vive com renda limitada ou aposentadoria.
Alguns municípios concedem desconto parcial e outros podem até isentar o imposto em situações específicas. Por isso, vale sempre consultar a regra local e não pagar sem verificar se existe benefício disponível.
Isenção total do IPTU: quando o imposto pode zerar
Além dos descontos, há municípios que concedem isenção completa do IPTU para idosos de baixa renda, desde que o imóvel seja residência própria.
É um direito que pode representar um alívio significativo ao longo dos anos, mas que exige atenção às condições e aos prazos de solicitação.
Atendimento preferencial: não é favor, é lei
Fila em banco, repartição pública, hospital ou unidade de saúde não precisa ser rotina. A prioridade de atendimento para idosos é garantida em serviços públicos e privados, ajudando a reduzir tempo de espera e evitando desgaste físico, principalmente para quem já tem limitações de mobilidade ou problemas de saúde.
Medicamentos gratuitos: tratamento contínuo sem custo
O cuidado com a saúde também está no centro das garantias. O SUS e o Programa Farmácia Popular disponibilizam remédios para doenças crônicas comuns, como hipertensão, diabetes e asma.
Em algumas situações, também podem ser ofertadas fraldas geriátricas. Para famílias que lidam com tratamentos permanentes, isso pode ser decisivo.
BPC: um salário mínimo para quem não tem como se sustentar
Quando o idoso chega aos 65 anos e não tem meios de se manter, existe um suporte previsto por lei: o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Ele paga um salário mínimo por mês e é administrado pelo INSS, mas não exige contribuição previdenciária. É uma proteção social voltada a quem envelheceu sem conseguir construir renda suficiente para garantir o básico.
Com tanta gente chegando à terceira idade, conhecer esses direitos deixa de ser detalhe e vira necessidade. Muitos benefícios estão disponíveis agora — e podem transformar o cotidiano de quem já tem direito, mas ainda não sabe que pode exigir.
Siga o Portal 6 no Google News fique por dentro de tudo!




