Samaúma: a árvore amazônica que guarda água em tanta quantidade que surpreende até cientistas

Gigante da floresta funciona como reservatório natural, influencia o clima e é considerada sagrada por povos tradicionais

Gabriel Yuri Souto Gabriel Yuri Souto -
Samaúma: a árvore amazônica que guarda água em tanta quantidade que surpreende até cientistas
(Imagem: Reprodução)

Imponente, silenciosa e essencial para a floresta, a samaúma é uma das árvores mais impressionantes da Amazônia. Conhecida como a “mãe da floresta”, ela chama atenção não apenas pelo tamanho, mas pela capacidade de armazenar grandes volumes de água, algo que segue intrigando cientistas.

A samaúma pode atingir mais de 60 metros de altura, o equivalente a um prédio de 20 andares. Seu tronco largo e suas raízes gigantes, chamadas de sapopemas, ajudam a sustentar a árvore em solos alagadiços e pouco profundos, comuns na região amazônica.

O que surpreende pesquisadores é a forma como a árvore retém e distribui água. Durante o período de chuvas, a samaúma absorve grandes quantidades de água pelo sistema radicular e pelo tronco poroso. Essa água fica armazenada internamente e é liberada gradualmente nos períodos mais secos.

 

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Segundo estudos de botânica e ecologia, essa característica faz da samaúma um verdadeiro reservatório natural, ajudando a manter a umidade do solo e do ar ao redor. Esse processo contribui para o equilíbrio do microclima da floresta e beneficia outras plantas e animais.

Cientistas também observaram que a copa da samaúma atua como uma espécie de coletor de chuva, direcionando a água para a base da árvore. Isso reduz a erosão do solo e favorece a infiltração da água no subsolo.

Além do papel ambiental, a samaúma tem enorme importância cultural. Para muitos povos indígenas, ela é considerada uma árvore sagrada, associada à proteção, à abundância e à conexão entre o céu e a terra. Em algumas tradições, acredita-se que a samaúma guarda espíritos ancestrais.

A árvore também serve de abrigo para diversas espécies. Aves, insetos e pequenos animais utilizam sua copa e suas cavidades como refúgio, tornando-a um ponto central da biodiversidade amazônica.

Pesquisadores destacam que a preservação da samaúma é fundamental. O desmatamento e a exploração ilegal ameaçam exemplares centenários que levaram décadas para atingir seu tamanho máximo.

Assim, mais do que uma árvore gigante, a samaúma se revela como um elemento-chave da floresta amazônica, capaz de armazenar água, regular o ambiente e sustentar a vida ao seu redor, reforçando por que continua a surpreender até a ciência.

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Gabriel Yuri Souto

Gabriel Yuri Souto

Redator e gestor de tráfego. Especialista em SEO.

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