25% das escolas e colégios estaduais de Anápolis serão geridos por OS em 2016

Danilo Boaventura Danilo Boaventura -
25% das escolas e colégios estaduais de Anápolis serão geridos por OS em 2016

Anápolis está no mapa das cidades que terão unidades educacionais da rede pública estadual repassadas às Organizações Sociais (OS) em 2016 . A inspiração do modelo veio dos Estados Unidos e será implantada inicialmente em 25% das escolas e colégios da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte (Seduce).

A Seduce não informou quais unidades serão contempladas, mas especula-se que colégios tradicionais de Anápolis como  ‘José Ludovico de Almeida’, ‘Polivalente Frei João Batista’ e ‘Antensina Santana’ serão os primeiros alvos da experiência.

Segundo a Assessoria de Comunicação da Seduce, 27 OS de todo o Brasil já  se cadastraram na Casa Civil  e estão em processo de qualificação. Fontes ouvidas pelo Portal 6 afirmam que muitas delas pertencem a donos de colégios privados exitosos da capital, como o Colégio Ávila. Nesse sentido, é esperado que a qualidade de ensino nas escolas com OS melhorem substancialmente.

Ainda segundo a Seduce, desde que existam vagas, alunos interessados em se transferir para unidades geridas por OS poderão fazê-lo.

Polêmica

Em volta à polêmicas e muita resistência por parte dos professores, o Governo do Estado tem procurado promover conversas com as regionais de educação, além de ampliar o debate junto a gestores, sindicatos, parlamentares e imprensa.

“É importante que todos entendam que a gratuidade das escolas públicas vai continuar. O direito à educação é a base da cidadania, da democracia e do avanço social, científico e tecnológico”, afirmou Teresa Costa, responsável pelo serviço de Comunicação da Seduce, em entrevista por e-mail ao Portal 6.

Condições de trabalho

A Seduce tem buscado mostrar um lado mais atraente aos profissionais de educação que trabalham sob regime de contrato com o Estado. Conforme já reconheceu a secretária de Educação, Raquel Teixeira, esses contratos são precários e não pagam o piso da categoria, que atualmente está na casa dos  RS 2.400. Sendo contratados pelas OS, os profissionais poderão, além de receber o piso definido em Lei, ter a carteira assinada e gozar de todos os benefícios da CLT, como 13º salário, FGTS e seguro desemprego.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), porém, não escondem a oposição às OS e tem afirmado nos meios de comunicação que o novo sistema vai reduzir drasticamente o anúncio de novos concursos públicos na Educação, o que a Seduce nega, mesmo reconhecendo que no próximo ano não há previsão de que nenhum deles aconteçam.

 

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