Indústrias de Anápolis são alvos de investigação por furtar energia elétrica da Celg
Inquérito deverá identificar quem são os autores da fraude. Prejuízo foi distribuído para os consumidores do sistema
A Polícia Civil divulgou na manhã desta quinta-feira (15) o balanço da Operação Curto Circuito, realizada nos dias 30 de novembro e 6 e 8 de dezembro. A Curto Circuito investiga o furto de energia realizado por grandes indústrias, supermercados e postos de combustíveis nas três maiores cidades de Goiás.
Em Anápolis, uma indústria de alimentos e duas de embalagens plásticas foram alvos. Segundo o delegado responsável pelo caso, da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), Frederico Maciel, apesar de serem três alvos, apenas dois mandatos foram expedidos a tempo.
No terceiro alvo a ação foi feita, mas sem a ordem para desligamento. “A gente não poderia impor ao empresário que ele desligasse porque a gente não teve a ordem”, justifica.
O nome das indústrias não foi divulgado pela Polícia Civil devido porque a investigação ainda está em curso. Não houve nenhuma prisão em flagrante, mas o inquérito deverá identificar quem são os autores da fraude.
Ainda segundo o delegado, algumas empresas foram compradas recentemente e não é possível apontar imediatamente se os novos donos são os responsáveis por implantar o dispositivo que alterava a medição do consumo de energia.
Assim que a investigação for concluída, os acusados responderão por furto de energia e estarão sujeitos a pegar uma pena de até quatro anos de prisão.
Prejuízo
No total, os 11 alvos localizados nas três cidades geraram um prejuízo de R$ 35 milhões. ” R$ 14 milhões corresponde ao valor de ICMS que o estado deixou de arrecadar e R$14 milhões foram distribuídos pra nós consumidores nas tarifas. Sete milhões ficou de prejuízo da CELG”, contou Frederico Maciel.
O valor do prejuízo causado apenas pelas empresas de Anápolis ainda não foi calculado, o que será divulgado posteriormente pela CELG.