Governo de Goiás quer destravar duplicação da BR-153
Duplicação da rodovia arrasta-se desde 2014 quando a Galvão Engenharia ganhou leilão de concessão no Dnit
A busca de solução para o entrave na duplicação do tramo Norte da BR-153 (a partir de Anápolis até o Tocantins) levou o governador Marconi Perillo na última quarta-feira (18) a Brasília para uma reunião com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. A duplicação da rodovia federal arrasta-se desde 2014, quando a empresa Galvão Engenharia ganhou leilão de concessão no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
De lá para cá, a empresa entrou com pedido de recuperação judicial. Na reunião, os diretores da Galvão apresentaram a proposta de uma transferência jurídica do contrato de concessão a um consórcio internacional, que já teria garantido um empréstimo financeiro de 1,5 bilhão de dólares.
O consórcio assumiria com o compromisso de concluir a duplicação em até cinco anos, dos 380 quilômetros no trecho goiano da rodovia. A extensão total é de 628 quilômetros, entre Anápolis e Aliança (TO). Com um trânsito pesado de caminhões, o trecho registra acidentes automobilísticos frequentes.
Solução
O governo estadual busca, junto ao governo federal, uma solução para o problema, uma vez que a Galvão está em processo de recuperação judicial e alega que não tem dinheiro para a execução da obra. Se nada for feito, a licitação entra em processo de caducidade dentro de 60 dias. Neste caso, o contrato seria rescindido e a responsabilidade pela conservação da rodovia voltaria para o Dnit, que alega não ter recursos para mantê-la.
Ao sair da reunião, o governador informou que o resultado da transferência ou a caducidade do contrato de concessão deve sair no próximo dia 27. “Tivemos uma boa conversa, uma conversa muito franca com o ministro”, afirmou.
Segundo ele, foi levada ao ministro a demanda de construção do contorno de Goiânia por parte da concessionária da BR-060, a Triunfo Concebra, além da construção do viaduto de acesso ao Aeroporto Santa Genoveva. Quanto ao aporte financeiro privado no trecho entre Anápolis e Porangatu ou seu retorno para o Dnit, Marconi observou que é um assunto que será discutido “tecnicamente” pelas partes envolvidas e que o seu papel, como governador, “é buscar a solução rápida de um problema que não pode se arrastar mais”.
Acompanharam o governador na audiência o secretário Vilmar Rocha (Secima), o diretor da Celg G&T, Elie Chidiac. Também estava presente o diretor-presidente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Bastos.