Jovem suspeito de latrocínio morre após ser linchado no interior de Goiás
Apesar de estar sob investigação, delegado não confirma que Carlos Eduardo cometeu o crime
Morreu na tarde desta terça-feira (09) o jovem Carlos Eduardo Nunes de Azevedo, de 23 anos, que foi linchado por moradores da Cidade Ocidental, localizada a 145 km de Anápolis, após ser apontado como suspeito de um possível latrocínio.
O rapaz estava internado no Hospital Regional do Gama, no Distrito Federal, desde domingo (07), quando foi cercado e agredido. No momento do ataque, quatro viaturas da Polícia Militar e uma do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram até o local prestar assistência.
Responsável pelo caso, o delegado Daniel Marcelino disse em entrevista ao O Popular que os moradores ainda ficaram revoltados com a polícia por tentar socorrer o suspeito e atiraram pedras nas viaturas.
Apesar de estar sob investigação, o delegado não confirma que Carlos Eduardo cometeu o crime.
“Mesmo após a morte a investigação continua para saber se ele realmente foi o autor do crime. Temos indícios que nos levam a crer em um latrocínio, mas não descartamos outras hipóteses”, explicou.
Em relação a depredação das viaturas, o delegado informou que duas pessoas envolvidas no linchamento foram identificadas e presas por dano ao patrimônio público.
“Já identificamos outras pessoas e estamos intimando elas para serem ouvidas. Também estamos analisando as imagens para identificar outros envolvidos”, relatou.
Latrocínio
De acordo com o delegado Daniel Marcelino, Carlos Eduardo era um dos suspeitos de entrar na casa de Pâmela Telia Cardoso de Souza, de 20 anos, na última quinta-feira (04), e a esfaqueado no pescoço. Ela morreu na frente do filho de dois anos.
O criminoso conseguiu fugir e a polícia está tratando o caso como latrocínio porque o celular da vítima foi levado.
Carlos era usuário de drogas e já tinha passagens por furtos. Agora, a Polícia trabalha na investigação das duas mortes.