Como o gabinete de crise está lidando com a greve dos caminhoneiros em Goiás

Comandante geral da Polícia Militar garante que situação em Anápolis está controlada

Carlos Henrique Carlos Henrique -
Como o gabinete de crise está lidando com a greve dos caminhoneiros em Goiás

As forças de segurança de Goiás estão prontas para realizar a escolta dos caminhões de carga de combustível e de gêneros necessários à manutenção dos serviços de saúde e educação. A informação é do secretário de Segurança Pública Irapuan Costa Júnior, coordenador do Gabinete de Crise criado pelo governo estadual.

Irapuan afirmou que a Polícia Militar vai realizar a escolta dos caminhões, bastando apenas que seja requisitada. O coronel Silvio Vasconcelos, comandante geral da Polícia Militar de Goiás, informou que em Goiânia, região metropolitana da capital e Anápolis a situação está completamente controlada, assim como no Entorno do Distrito Federal. Nas demais regiões, os comandos regionais da PMGO devem ser comunicados por órgãos públicos e entidades, para que realizem a escolta.

O secretário de Segurança Pública afirmou que está sendo realizado monitoramento diário e constante da situação no Estado e que há indicativos de arrefecimento do movimento dos caminhoneiros. “Em Goiás, nesta tarde, temos 52 pontos de bloqueio nas rodovias estaduais e 24 nas federais. Não registramos nenhuma situação de conflito ou de violência que provocasse a intervenção das forças de segurança”, observou Irapuan.

De acordo o secretário, o combustível para as viaturas das forças policiais – Polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Superintendência de Polícia Técnico-Científica e Procon-Goiás – está garantido. “Nossas equipes têm toda condição de trabalhar normalmente. Nenhuma operação policial ou procedimento oficial ficará sem ser realizado”, informou.

Informou ainda que o fornecimento de gasolina e óleo diesel para Goiás não foi interrompido. Há dificuldade de fornecimento de etanol, mas as distribuidoras já fizeram contato e acertaram a escolta dos caminhões com a SSP. A mesma situação foi verificada em relação ao querosene de aviação civil, que é transportado de Paulínia (SP) e Betim (MG), mas já foi esquematizado o transporte em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Em relação à reserva técnica nos postos de combustível para as viaturas da forças policiais e de saúde, Irapuan Costa Júnior reiterou que o decreto que estabelece essa possibilidade está dentro da legalidade e constitucionalidade. “O movimento dos caminhoneiros é profissional, sem militâncias, e já foi estabelecido diálogo. Acreditamos que nos próximos dias a situação estará normalizada”, disse.

Segundo a superintendente de Proteção aos Direitos do Consumidor de Goiás, Darlene Araújo, os preços de combustível estão sob controle no Estado. O preço máximo da gasolina, segundo ela, foi de R$ 4,99 e do etanol, R$ 2,89. Foi registrado um caso de R$ 7,50 em Minaçu, mas a regional do Procon foi acionada para tomar as medidas necessárias.

O diretor geral de Administração Penitenciária de Goiás, coronel Edson Costa Araújo, afirmou, em entrevista coletiva no Palácio das Esmeraldas, que a crise provocada pelos caminhoneiros não afetou o fornecimento de alimentação aos detentos. O procedimento é feito por empresas terceirizadas. Também não foi afetado o traslado de presos para audiências. O fornecimento de insumos para as empresas que cuidam da alimentação também está garantido, segundo ele.

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