Dono da CAOA ameaça fechar fábrica em Anápolis
Carlos Alberto instalou há onze anos a fábrica da Hyundai no DAIA e já estava equipando o local para iniciar a produção de dois modelos da chinesa Chery
A provável revisão na política de incentivos fiscais esperada na futura gestão Ronaldo Caiado (DEM) tem despertado não só apreensão em empresários e industriais do estado, mas também reações contundentes.
“Se ocorrer uma loucura como essa, nossa decisão é simples: na mesma hora, a gente fecha a fábrica e deixa o estado”, ameaçou Carlos Alberto Oliveira Andrade, dono da CAOA, que há onze anos instalou em Anápolis a fábrica da coreana Hyundai e se prepara para iniciar na cidade a produção de dois modelos da chinesa Chery já no início de 2019.
Entre empregos diretos e indiretos, a fábrica na cidade, localizada no DAIA, gera 80 mil postos de trabalho.
A CAOA tem fábrica em Jacareí, no interior de São Paulo. Se a montadora deixar Anápolis, toda produção seria transferida para a base paulista e a produção da nova fábrica, que está sendo construída ao lado da Hyundai, sequer seria levada adiante.
O empresário estima que somente na produção dos novos modelos Chery geraria até 100 mil novos postos de trabalho, considerando toda a cadeia econômica.
“Então, Goiás vai perder de 150 a 200 mil empregos, porque, na mesma hora que houver quebra de contrato em relação aos incentivos de ICMS, teremos que ir embora, porque não tem cabimento eu fazer investimentos ou permanecer em Goiás”, adiantou ao O Popular no último sábado (1º)