Prédio para abrigar a Câmara de Anápolis será construído sem dinheiro público no Morada Nova
Empresa responsável, no entanto, cobrará aluguel mensal pelo espaço. Judicializada, obra no Centro que gastou R$ 7 milhões pode ser demolida
Presidente do Legislativo local, o vereador Leandro Ribeiro (PTB) informou nesta segunda-feira (14) que foi encerrado o edital que definiu a empresa que irá construir uma nova sede para o Poder e posteriormente alugá-la à Câmara Municipal.
“Encerramos o edital após 47 dias. Apenas uma empresa apareceu para ser parceira. Ela nos trouxe o projeto que poderá ser uma possível sede da Câmara”, frisou.
A Comissão Permanente de Licitação (CPL) encerrou a sessão pública do chamamento da empresa na última sexta-feira (11), aceitando a proposta feita pela Reserva 1727 Empreendimentos Imobiliários.
Sem nenhum dinheiro público, a empresa construirá em terreno próprio um prédio na altura da Avenida Ayrton Senna, no Morada Nova: conjunto popular instalado na região Leste de Anápolis.
Leandro comentou ainda que o pagamento do aluguel, de R$ 69,6 mil, só começa 60 dias após o empreendimento estar pronto e ocupado pelo Poder Legislativo.
“Não tem prejuízo ao bolso do cidadão. O Ministério Público e a Receita Federal já usam esse modelo. Estamos apenas trazendo essa modernização para Legislativo”.
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Obra no Centro
Sobre a obra paralisada na Praça 31 de Julho, Leandro frisou que o projeto está judicializado e que o prefeito Roberto Naves (sem partido) aguarda um laudo técnico para saber se o prédio será concluído ou demolido.
“Se o caminho for a demolição, vamos lamentar os R$ 7 milhões gastos nessa obra”, completou, lembrando que esse valor é três vezes maior do montante prometido pela empresa que fará a nova sede.
Segundo o presidente, o encaminhamento para que a Câmara tenha uma nova sede não implica que os vereadores abrirão mão de acompanhar o que o Executivo fará com a obra parada na Praça 31 de Julho.
“Não vamos mudar de local e esquecer dessa obra. Vamos acompanhar o prefeito, estarmos atentos à questão judicial. Não vamos virar as costas para esse problema”, finalizou.