“Não vou aceitar”, diz Caiado sobre reajuste das escolas particulares em Goiás
Procon visitou 52 escolas da rede privada de ensino em diferentes bairros da capital
O governador Ronaldo Caiado utilizou suas redes sociais nesta sexta-feira (29) para expressar sua indignação diante do aumento abusivo das mensalidades em escolas particulares, constatados por pesquisa do Procon Goiás. Em seu perfil no Twitter, o governador afirmou que seu papel é defender o cidadão e que o goiano não será prejudicado.
“Informo aos pais de Goiás que não vou aceitar que o reajuste da escola privada seja de 12,28%, quase 6 vezes maior que a inflação em Goiânia de 2,2% acumulada no ano”, diz a mensagem do governador, garantindo que vai seguir fiscalizando a situação, por intermédio do instituto de pesquisa. “O PROCON de Goiás já está nas ruas”, deixou claro.
Apesar de não existir um percentual pré-estabelecido a ser seguido pelas instituições de ensino, já que de acordo com a legislação específica (Lei Federal nº 9.870/99), o percentual deverá ser aplicado tendo como base a planilha de custos da escola, Ronaldo Caiado assegurou que o governo não aceitará abusos: “Nada justifica um aumento nas mensalidades 6 vezes acima da inflação”, ressaltou.
Desde o dia 5 de novembro até esta quinta-feira (27/11), o Procon visitou 52 escolas da rede privada de ensino em diferentes bairros da capital. Ao todo, foram pesquisadas mensalidades cobradas em turmas de 17 anos (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio).
Individualmente, alguns reajustes médios chamaram a atenção. É o caso do 1º ano do Ensino Fundamental, cujo reajuste médio chegou a 18,73%. No ano de 2019, o preço médio da mensalidade era de R$ 905,73 e para o ano letivo de 2020, o valor médio chegou a R$ 1.075,37. Os valores coletados referem-se aos preços normais, ou seja, sem qualquer tipo de desconto (pontualidade, mais de um aluno etc).