A pandemia continua impondo escolhas difíceis, inclusive em Anápolis

José Fernandes José Fernandes -
(Foto: Divulgação)

Os Jogos Olímpicos de Tóquio chegam ao fim neste domingo e o Brasil conquista o maior número de medalhas da história do país, superando o recorde atual de dezenove medalhas no Rio em 2016. Há motivos para comemoração dessa nova marca. Mais uma vez somos o melhor país da América do Sul nos jogos, seguido por Equador que conquistou 3 medalhas.

Números, recordes, vitórias… Clima de otimismo. Será? E a pandemia? Como está a realidade no Japão durante os jogos com o mundo em tempos de guerra ao vírus?

Com 46% da população vacinada com ao menos uma dose, Japão bate o triste recorde e pela primeira vez ultrapassa a marca de 15 mil novos casos de Covid-19 em 24h. Só em Tóquio, supera mais de 5 mil desses novos casos. Dados dessa quinta-feira (5), que forçaram as autoridades a ampliar as restrições.

Para muitos, as autoridades japonesas deram a entender que a pandemia estava sob controle e sediar o maior evento esportivo do mundo não agravaria a situação da pandemia. Mas não é a realidade, e os jovens correspondem a 60% dos casos em Tóquio.

E Anápolis? Não iremos sediar nenhum evento esportivo e com 50% da população vacinada com a primeira dose  (Brasil com 50,80%), estamos avançando no combate ao vírus tendo dias que nem houve registro de mortes por Covid-19 na cidade. Mas quero citar três situações, em que decisões importantes foram tomadas pelo Poder Executivo e Legislativo, nesse contexto tão complexo de pandemia exigindo de nossas autoridades sabedoria, ousadia, e que duas ainda estão com o desfecho indefinido.

1ª situação- Há cerca de 15 dias, houve o fechamento de uma unidade de tratamento Covid (Hospital Alfredo Abrahão – Antigo Cais Progresso), remanejando os pacientes para as outras unidades. A necessidade por mais leitos, fez a Secretaria de Saúde recuar e reabrir os leitos de terapia intensiva fechados. Ação com reação a tempo!

2ª situação – A partir da próxima semana, retomará parcialmente as aulas presenciais nas escolas públicas municipais a exemplo das escolas particulares que já estão há meses abertas. O sindicato que representa os professores já se manifestou dizendo que farão greve. Sou particularmente favorável à decisão do Executivo Municipal, já que prometera dar condições de trabalho e de biossegurança a alunos, professores e colaboradores. Acerto? O tempo dirá.

3ª situação – A mesa diretora da Câmara Municipal de Anápolis, decidiu retomar os trabalhos dos parlamentares 100% presencial. Estava acontecendo de forma presencial/híbrida com a presença no plenário em torno de 60% dos edis. Acerto? O tempo dirá.

Errando ou acertando, os gestores estão empenhados e preocupados além de pandemia como retomada da economia, renda, empregos, educação, esporte, saúde e crescimento sustentável. Concluo citando Freud: “Nunca tenha certeza de nada, porque a sabedoria começa com a dúvida”.

José Fernandes é médico (ortopedista e legista) e bacharel em direito. Atualmente vereador em Anápolis pelo PSB. Escreve todas às sextas-feiras. Siga-o no Instagram.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as visões do Portal 6.

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