Limitações na legislação eleitoral falaram mais alto para a desistência de Henrique Meirelles
Ex-presidente do Banco Central tinha a pretensão de concorrer ao Senado pelo PSD em Goiás
Muitos podem ser os motivos que fizeram o ex-ministro Henrique Meirelles desistir da candidatura ao Senado por Goiás.
No entanto, o principal deles, conforme apurou a seção Rápidas do Portal 6, foi o engessamento da legislação eleitoral quanto ao financiamento de campanhas.
Meirelles é um dos goianos mais bem-sucedidos do mercado financeiro e estaria disposto a bancar não somente a própria eleição, mas também a de uma rede de apoiadores que unida lhe garantiria estrutura e capilaridade nos quatro cantos do estado.
O valor orçado para tal proeza teria chegado a R$ 30 milhões, cifra que nem de longe faz cócegas na fortuna do ex-presidente do Banco Central.
A empolgação de Meirelles deu lugar à frustração quando um experiente advogado eleitoral de Brasília teria lhe explicado que, legalmente, seria impossível transferir esse volume monetário aos candidatos apoiadores.
Para se ter uma ideia, o limite que ele poderia gastar só com a própria campanha representa pouco mais que 10% desse valor.
Barrados no baile
O deputado estadual, Cairo Salim, e o ex-prefeito de Vianópolis, Issy Quinan, queriam se filiar ao MDB. Encontraram as portas fechadas.
O motivo? A chapa que vai concorrer à Alego já está desenhada e não há espaço para quem tem a expectativa de ter mais de 30 mil votos.
Exclusividade
Vereador que trocou recentemente o União Brasil pelo PRTB, o Policial Federal Suender chegou a conversar com o ex-candidato a prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa, para fazerem uma “dobradinha” na eleição desse ano.
No entanto, teria pedido exclusividade, algo que o emedebista mesmo se quisesse não conseguiria atender.
Não pode ainda
Por falar em ex-candidato a prefeito de Anápolis, um deles, que gosta de pedalar e também pretende concorrer às eleições deste ano, tem criado provas contra si mesmo em um grupo de WhatsApp.
O crime? Propaganda extemporânea. Os print’s já são de conhecimento do Ministério Público Eleitoral.
Mesmo pacote
Aliás, as denúncias que lá chegaram se somam a de outro pré-candidato a deputado, que há poucos dias chegou a ser gentilmente convidado a se retirar de um gabinete após surtar e dizer que não queria mais disputar eleição neste ano.
Nota 10
Para Onaide Santillo, por continuar discutindo empoderamento feminino, e ao deputado federal Rubens Otoni pela emenda de R$ 1 milhão à Santa Casa de Anápolis.
Nota Zero
Para os pastores goianos que insistem em defender o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, e dizer que ele está sofrendo “preconceito religioso”.