Henrique Saccomori quis fugir para proteger patrimônio, diz Polícia Civil

Empresário e a esposa fizeram cerca de 2 mil vítimas e também responderão por pichardismo

Lucas Tavares Lucas Tavares -
Momento em que Henrique Saccomori foi preso no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. (Foto: Divulgação)

Henrique Saccomori, de 29 anos, e a esposa dele, Fernanda Amatte Oliveira, de 30 anos, devem responder pelos crimes de estelionato e pichardismo – que corresponde a fraude e crime contra a economia popular.

Isso e muito mais foi tratado em entrevista coletiva no auditório da 3ª Delegacia Regional de Anápolis, nesta segunda-feira (04).

Com a prisão confirmada no domingo (03), Henrique e a esposa seguem como os únicos responsáveis pelos golpes envolvendo a H5 Investimentos Esportivos.

Jorge Bezerra, delegado responsável pelo caso, adiantou que cerca de 2 mil pessoas podem ter sido prejudicadas pelo esquema de apostas. E elas não seriam somente de Anápolis, mas também de outros estados e até mesmo do exterior.

Prisão

Antes de ser efetuada, algumas vítimas procuraram a 3ª Regional alertando os agentes sobre o risco de uma possível fuga de Henrique.

Essa informação foi posteriormente confirmada pela PC, pois, de fato, Henrique e Fernanda haviam comprado passagens para Portugal e estavam prontos para embarcar no dia 02 de abril.

Com o apoio da Polícia Federal, a prisão aconteceu no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.

“Ele chegou a dizer que estaria sendo vítima de ameaça, o que realmente é verdade. Mas ao mesmo tempo em que tentava evadir, ele tentou esconder o máximo de patrimônio possível”, afirmou o delegado.

Delegado Jorge Bezerra, responsável pelo caso, em entrevista coletiva. (Foto: Lucas Tavares)

Vítimas

Com um prejuízo estimado em torno de R$ 50 milhões para as vítimas, dezenas de pessoas já procuraram a PC para efetuar uma denúncia.

“Na sexta-feira abrimos 16 ocorrências. Só hoje, aqui na regional, cerca de 10 vítimas já procuraram a gente”, revelou o investigador.

Somente uma pessoa, segundo Jorge Bezerra, perdeu mais de R$ 2 milhões no esquema.

Possíveis vítimas que desejam colaborar com as investigações podem procurar e apresentar provas no Distrito Policial mais próximo.

“A Polícia Civil continua investigando, há diversas outras vítimas desse caso. Nos próximos dias teremos mais informações”, promete.

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