Mais de 3 milhões de raios foram registrados em Goiás até março

Gerente do Cimehgo, André Amorim orienta população para se precaver com descargas elétricas: "todo o cuidado é pouco"

Augusto Araújo Augusto Araújo -
(Foto: Reprodução)

Durante o período chuvoso é muito comum que as pessoas se surpreendam com os diversos raios que cortam os céus de Goiás.

No entanto, o número de descargas elétricas ocasionadas pelo fenômeno natural pode ser surpreendente para a maioria da população.

Isso porque até março, Goiás registrou mais de 3,29 milhões de relâmpagos em 2022, segundo o Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (ELAT/INPE).

Este número é cerca de 15% do total de raios que caíram no Brasil no mesmo período. Ao todo, o país contabilizou 21,4 milhões de relâmpagos.

De acordo com o levantamento, foram cerca de 2,34 milhões de raios que ficaram nas nuvens (IN) e outras 952 mil descargas que tocaram o solo (NS).

Março foi o mês recordista de relâmpagos, com 1,2 milhões de registros. Na sequência, vem fevereiro (1,1 milhão de ocorrências) e janeiro (936 mil).

Ao Portal 6, o gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), André Amorim, afirmou que esse índice de descargas atmosféricas é comum no histórico do estado.

“O Brasil é um país de extensão continental e localizado entre os trópicos, que é o local onde mais incide raios. Com isso, Goiás não poderia estar de fora”.

“As descargas acontecem durante todo o período chuvoso, geralmente proporcionadas por aquelas grandes nuvens de tempestade, que carregam muita energia”, explicou.

André pontuou também que, embora incidentes onde pessoas são atingidas por raios seja algo raro, é importante tomar medidas de precaução durante as chuvas.

“As descargas atmosféricas são atraídas por pontos altos, como prédios e para-raios nas cidades, que geram certa proteção”.

“No entanto, se você estiver em um campo aberto, perto de árvores ou onde você é o ponto mais alto, aumenta a possibilidade de você ser atingido. Portanto, tomar todo o cuidado é pouco”, complementou.

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