A dor que não passa para família do adolescente que morreu atropelado por carro a 120 km/h em Anápolis

Motorista bêbado e demais envolvidos chegaram a ser indiciados, mas o processo segue parado desde 2018

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Itamar Gomes e Silva Junior sofreu diversos ferimentos após ser atropelado e morreu no HEANA. (Foto: Reprodução)

A família do jovem Itamar Gomes e Silva Junior, que morreu aos 17 anos após ter sido atropelado por um motorista embriagado, segue há quatro anos inconsolável à espera de justiça.

O crime aconteceu em maio de 2018, quando o adolescente estava caminhando pela calçada no Residencial Copacabana, região Sudoeste de Anápolis, já próxima da residência em que vivia, até que Marcos André dos Santos, de 18 anos na época, veio conduzindo o carro em zigue-zague, a 120 km/h, na direção da vítima.

Na época, o motorista estava no veículo com outros dois amigos, Wagner Mendes de Jesus e Bruno Martins da Silva, saindo de uma festa, estando todos embriagados.

Ao avistar Itamar Junior caminhando, o grupo teria decidido “brincar” com ele e gritou ofensas racistas, jogando logo em seguida o carro para cima dele. Porém, a vítima acabou sendo acertada e foi arremessada para longe, próximo a casa onde morava.

O adolescente foi encaminhado para o Hospital Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo (HEANA), mas acabou tendo morte cerebral e não resistiu.

Marcos chegou a ser indiciado por homicídio doloso, omissão de socorro, por fugir do local e direção embriagado. Já Wagner e Bruno, foram indiciados também por omissão de socorro e por falso testemunho.

No entanto, mesmo após quatro anos e uma imensa cicatriz no coração dos familiares, o processo segue parado na Justiça, sem que nada tenha sido feito.

A trágica perda gerou um impacto tão profundo na família, que ao longo de todo este tempo tiveram a vida completamente afetada para tentar lidar com a dor.

Como o assassino era vizinho dos pais do adolescente e continuou cometendo os mesmos atos imprudentes, os genitores não aguentaram continuar vendo aquilo e se mudaram da região.

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