Esse é o perfil dos contaminados com a nova onda da Covid-19 em Goiás
Secretaria Estadual de Saúde informa que aumento no número de contaminados começou há seis semanas
Apesar de semelhante à primeira onda de contaminações pela variante ômicron, o aumento de casos de Covid-19 observado nas últimas semanas tem um novo perfil de infectados. É o que indica a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO). Em quatro semanas, são 3.275 casos confirmados.
Ao Portal 6, a superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, explica que o crescimento no número de contaminados teve início há seis semanas. Porém, meses antes, um grupo específico – que por vezes foi subestimado pela população – já apresentava alta sustentável.
“Em agosto, a secretaria começou a perceber um aumento de casos em crianças de 0 a 4 anos de idade, que ainda não estavam inclusas no cronograma de imunização. Seguindo uma tendência nacional, este índice permanece. Fica aqui o apelo para os pais vacinarem os seus filhos”, enfatiza.
Outro grupo que merece atenção para a SES-GO são os idosos com comorbidades. Como em ondas anteriores, eles continuam sendo a faixa etária mais vulnerável entre os infectados pela doença. “Os dois fatores facilitam as complicações e aumentam o risco de óbito, por isso é tão importante estar imunizado”, reforça.
Há, ainda, uma predominância “preocupante” entre os jovens. “Principalmente os que ainda não tomaram a primeira e a segunda dose da vacina, e os dois reforços. São eles os que mais circulam pelos ambientes, então espalham o vírus com mais frequência”, pontua.
Apesar do aumento de casos, as mortes e internações seguem estáveis, segundo a superintendente. “A média móvel de óbitos não teve modificação durante o período e os índices de internação também permanecem dentro do visto anteriormente, antes da alta. Estamos monitorando e tomaremos as medidas necessárias quando for a hora”, diz.
Flúvia destaca que, diante de uma situação epidemiológica emergencial, o estado está preparado para lidar com a demanda. “Os leitos para a Covid-19 não foram extintos e serão mobilizados novamente. Ainda não há essa necessidade, mas o preparo e o monitoramento existem”, afirma.