Preso por atos terroristas em Brasília é levado para Papuda; polícia identifica 2º suspeito

O suspeito afirmou à polícia que acreditava que a bomba seria colocada "tão somente" em um poste de energia para interromper o abastecimento de eletricidade em Brasília

Folhapress Folhapress -
Preso por atos terroristas em Brasília é levado para Papuda; polícia identifica 2º suspeito
(Foto: PCDF)

EDUARDO MILITÃO
BRASÍLIA, DF (UOL-FOLHAPRESS) – O empresário do Pará George Washington Souza, 54, suspeito de atos terroristas em Brasília, afirmou à polícia ter tido outros dois parceiros na tentativa de explodir no sábado (24) um caminhão de combustível em via próxima ao aeroporto da capital federal. Segundo o UOL apurou, a polícia identificou que um deles é Alan Diego dos Santos -que teria deixado a cidade.

Transferido neste domingo (25) para o Complexo Penitenciário da Papuda, em São Sebastião, na capital federal, George disse aos agentes que o prenderam, segundo os depoimentos dos policiais, ao quais a reportagem teve acesso, que esteve no acampamento de bolsonarista em frente ao Exército na sexta-feira (23) à noite e que lá ele deixou o artefato explosivo “já preparado” com Alan.

O suspeito afirmou à polícia que acreditava que a bomba seria colocada “tão somente” em um poste de energia para interromper o abastecimento de eletricidade em Brasília.

A reportagem não conseguiu localizar Alan nem identificar se ele tem advogado de defesa.

A polícia acredita que o explosivo tenha sido colocado no caminhão entre a noite de sexta-feira e às 5h de sábado. Foi na madrugada de sábado que o caminhoneiro foi fazer uma inspeção no veículo e descobriu o explosivo, que continha emulsão de pedreira, e foi desarmado pelo grupo antibomba da Polícia Militar do DF.

Segundo o delegado-geral da Polícia Civil do DF, Robson Cândido, o empresário George Washington armou a bomba porque queria chamar a atenção para o grupo de apoio em favor do presidente Jair Bolsonaro (PL), O grupo protesta em dois pontos de Brasília pedindo que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não tome posse e que seja feita uma intervenção das Forças Armadas para melar o resultado das eleições.

Em redes sociais, grupos bolsonaristas afirmam que George Sousa não é bolsonarista. Mas fontes da Secretaria de Segurança ouvidas pelo UOL hoje afirmaram que os protestos são observados por policiais à paisana das equipes de inteligência e que muitos militantes de Bolsonaro são monitorados constantemente. As informações colhidas são complementadas com depoimentos de testemunhas e publicações em redes sociais.

No Gama, a cerca de 25 quilômetros da área central de Brasília, a polícia identificou mais explosivos. Ainda não se sabe sua relação com os artefatos encontrados no aeroporto.

Folhapress

Folhapress

Maior agência de notícias do Brasil. Pertence ao Grupo Folha.

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos grupos do Portal 6 para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.

Publicidade