Estudante da UFG cria adoçante feito de cacau e é destaque em competição internacional
Produto é rico em antioxidantes e visa substituir o uso do açúcar refinado nos alimentos e bebidas
Um adoçante à base de cacau elaborado pelo engenheiro químico Gustavo Henrique Rocha, mestrando do Programa de Pós- Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal de Goiás (UFG), rodou o mundo e foi parar em um evento internacional na cidade de Nova York, nos Estados Unidos.
O produto visa substituir o uso do açúcar refinado a partir de um líquido obtido do cultivo e da extração do cacau. Além de evitar um alto índice glicêmico no corpo, a solução é menos calórica e rica em antioxidantes.
“Quando a pessoa for consumir algo com o nosso elixir, ele vai estar consumindo um produto mais enriquecido nutricionalmente”, disse o profissional em entrevista a Rádio Universitária da UFG.
Com a criação, ele – juntamente com mais quatro estudantes – foi um dos 10 finalistas globais do maior desafio de inovação em tecnologia agroalimentar do mundo, o TFF Challenge 2022, promovido pela Fundação Thought For Food, organização dedicada a capacitar e investir em projetos inovadores nas áreas de alimentos e agricultura.
O grupo foi selecionado dentre os mais de 3 mil projetos apresentados, de 140 países, sendo o único representante das Américas no evento.
Durante a participação no desafio, os jovens receberam mentoria e treinamento com grandes especialistas e líderes do mercado da área de alimentação e agricultura.
Além da conquista, a equipe também recebeu um convite para que o projeto integrasse o portfólio de cases de sucesso da Organização das Nações Unidas (ONU) para Alimentação e Agricultura (FAO).
Segundo Gustavo, a ação poderá proporcionar mais reconhecimento à causa e atrair possíveis investidores.
“É uma grande honra para nós fazer parte deste relatório e, com toda certeza, vai trazer grande visibilidade para nós em nível mundial, algo capaz de conseguir novos apoios, futuros clientes e investidores, para que possamos escalar e levar o projeto a impactar mais pessoas”, diz.