Pacientes denunciam falta de medicamentos na farmácia da Prefeitura de Anápolis

"Sempre tenho a mesma resposta, que está em falta e sem previsão para chegar", relata anapolino

Isabella Valverde Isabella Valverde -

Há tempos enfrentando dificuldades para prosseguir com tratamentos essenciais para a saúde, moradores de Anápolis denunciam falta de medicamentos que deveriam ser ofertados nas farmácias do Poder Público.

À reportagem, os pacientes relatam que não estão recebendo corretamente remédios controlados, para hipertensão arterial, diabetes, além de também estar faltando dietas enterais.

Matheus Cavalcante, de 27 anos, relata que há alguns anos recebeu o diagnóstico de hipertensão e por um certo período de tempo, conseguiu arcar com a medicação necessária. No entanto, hoje já não consegue mais custear sozinho, precisando do suporte da Prefeitura.

“Há alguns anos descobri que tenho hipertensão arterial, o qual não se sabe a causa. Antigamente, quando eu trabalhava pela CLT, eu conseguia comprar, mas hoje não consigo estar arcando com esses medicamentos, pois a miligrama que tomo é um pouco alta”, contou.

Diante disso, ele buscou por um posto de saúde e teve o medicamento necessário prescrito por um médico, com a receita da farmácia popular. Todavia, na terceira vez que foi em busca do remédio, não conseguiu mais pegá-lo, recebendo sempre a mesma informação de que está em falta.

“Ligo constantemente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Anápolis e sempre tenho a mesma resposta, que está em falta e sem previsão para chegar. Tentei contato com a secretaria de saúde, mas não obtive retorno”, afirmou.

Com a falta dos medicamentos e a saúde ficando cada vez mais delicada, Matheus conta que buscou por atendimento em um postinho de saúde da região em que mora, mas foi mandado para outro local e no fim, acabou sem atendimento.

“Para piorar, no postinho da Vila Formosa estão negando atendimento de emergência. Me falaram para ir na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas quando cheguei lá, falaram para ir no postinho porque ele está aberto. Além disso, estou na fila de espera para o neurologista há seis meses e até hoje nada”, lamentou.

Matheus não é o único anapolino que está enfrentando tal problema. A dona de casa Cláudia Fernanda, de 39 anos, destaca que desde outubro, a dieta enteral também está em falta e o pior, por conta da alta demanda, está sendo também difícil encontrar nas farmácias.

“Está um caos. A gente nem tem condições para estar comprando, porque cada lata custa R$ 90 e uso oito latas por mês”, ressaltou.

“Até para comprar está complicado, porque nem nas farmácias que fornecem a dieta está tendo devido a grande demanda de pessoas que estão comprando”, complementou.

Ao Portal 6, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) informou que “as dietas orais começam a chegar nesta semana e as enterais estão em fase final de empenho. Quanto às medicações, o processo está em licitação e a demora deve-se ao fato de que as licitações anteriores fracassaram devido às questões das empresas participantes”.

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