Anvisa autoriza Fugini a vender produtos fabricados a partir de 27 de março, com ressalvas

No dia 27 de março, a Anvisa determinou a suspensão da fabricação, comercialização, distribuição e uso de todos os produtos que estavam no estoque da Fugini

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Anvisa autoriza Fugini a vender produtos fabricados a partir de 27 de março, com ressalvas
(Foto: Ascom/Anvisa)

ANELISE GONÇALVES
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) revogou, nesta segunda (10), a decisão que que suspendia fabricação, comercialização, distribuição e uso de todos os alimentos em estoque fabricados pela Fugini. A companhia pode vender produtos fabricados a partir de 27 de março, mas há ressalvas.

A agência manteve a suspensão de fabricação dos produtos que contenham os principais alimentos que causam alergias alimentares ou seus derivados. Polpas de tomate utilizadas como matéria-prima, fabricadas ou adquiridas até o dia 27 de março estão proibidas de serem vendidas.

A Anvisa tinha suspendido a venda de produtos pela companhia na data, após verificar “falhas graves” de higiene na fabricação dos produtos durante inspeção sanitária na fábrica da empresa em Monte Alto, São Paulo, a 350 quilômetros da capital.

A fábrica da Fugini passou por nova inspeção sanitária entre os dias 3 e 5 de abril, conduzida pelo CVS-SP (Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo) e pela Vigilância Sanitária Municipal de Monte Alto.

Os órgãos avaliaram as reformas no estabelecimento e as adequações nos procedimentos de acordo com as determinações da vigilância sanitária e o consideraram apto a retomar fabricação.

No entanto, a produção que contém ingredientes alergênicos ainda precisa ser adequada para impedir a contaminação. É necessária avaliação complementar da documentação de controle de qualidade dos produtos em estoque para obter mais informações sobre sua segurança e qualidade.

RELEMBRE O CASO DA FUGINI

No dia 27 de março, a Anvisa determinou a suspensão da fabricação, comercialização, distribuição e uso de todos os produtos que estavam no estoque da Fugini.

Segundo a agência reguladora, os problemas estavam relacionados a higiene, controle de qualidade e segurança de matérias-primas e produto final, controle de pragas, rastreabilidade, entre outros.

Sobre o caso, a Fugini disse que a vistoria gerou uma ordem para alteração de alguns processos e procedimentos internos e que as modificações pedidas pela Anvisa já teriam sido realizadas.

No dia 30 de março, a empresa anunciou um recall dos lotes de maionese após uma vistoria da Anvisa constatar a presença de urucum vencido na fabricação de maionese.

A ação abrange todos os lotes de maionese fabricados entre 1º de janeiro e 21 de março de 2023, e nos lotes com numeração iniciada por 354, fabricados entre 20 e 31 de dezembro de 2022. A validade dos lotes vai de dezembro de 2023 a março de 2024.

Em comunicado, a companhia afirmou que houve um “erro operacional” e foi adicionado urucum vencido. O ingrediente representa 0,003% da formulação e não representa perigo à saúde, segundo a Fugini.

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