Justiça pela adolescente de 16 anos que foi cruelmente assassinada pelo ex em Anápolis

Jovem, que chegou a proibir a vítima de ter amigos ou redes sociais, foi condenado a 33 anos

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Justiça pela adolescente de 16 anos que foi cruelmente assassinada pelo ex em Anápolis
Erica de Sousa Lopes. (Foto: Reprodução)

A Justiça condenou, nesta quinta-feira (28), o jovem, de 25 anos, que matou a ex-namorada com 10 facadas após não se conformar com o término, em Anápolis. Na época do crime, em 2021, a vítima tinha apenas 16 anos e foi atacada sem aviso.

Manoel Odailson Marcolino Junior recebeu 33 anos de prisão por feminicídio e tentativa de assassinato. No dia 24 de novembro de 2021, ele saiu de casa em direção à residência da Erica de Sousa Lopes vestido de uma blusa com capuz e máscara e portando uma faca.

Ao se aproximar do local, no Setor Industrial Munir Calixto, viu um amigo da vítima, de 16 anos, indo em direção a residência. De acordo com o promotor de Justiça responsável pelo caso, Eliseu Belo, o acusado surpreendeu o adolescente com duas facadas, sendo que este conseguiu fugir e foi encaminhado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Em seguida, Manoel que havia tentado alcançar o rapaz, invadiu a casa da ex-namorada e, sorrateiramente, a atacou com 10 facadas. “Foi planejado. Ele sabia que o pai dela trabalhava no período da noite e que ela estaria só com a prima”, destacou o promotor ao Portal 6.

Erica foi socorrida e levada à UPA da Vila Esperança, mas, diante da gravidade dos ferimentos, foi transferida para o HEANA, onde veio a óbito horas depois.

O jovem, por sua vez, fugiu da cena em direção a Goiânia. Na capital, ele pegou um ônibus para Tocantins, momento em que foi identificado e preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Palmeiras do Tocantins.

(Foto: Divulgação / GIH)

Segundo Eliseu, Manoel já possuía histórico de violência, tendo controlado a vida da ex-namorada, a proibindo de ter amigos ou redes sociais. Quatro dias antes do ataque, ela chegou em casa com manchas de sangues nos olhos, o que a família acreditou ter sido resultado de espancamento.

A adolescente, no entanto, havia dito que tentou suicidar por “não aguentar mais o relacionamento”, de acordo com o promotor.

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