Este é meu último artigo no Portal 6 antes das eleições e quero fazer essa reflexão
"Devemos saber como nos relacionar com a Terra e as coisas terrenas"
Após três anos escrevendo neste espaço de forma ininterrupta, inclusive durante o período crítico da cirurgia cardíaca que fiz, este é meu último artigo. Este afastamento se deve às eleições municipais e suas regras eleitorais.
Poderia finalizar mostrando mais sobre a realidade de nossa cidade e as maquiagens da propaganda governista, como se estivéssemos vivendo em um paraíso. Poderia finalizar citando fatos do nosso trabalho como vereador, mas isso faremos em nossas próprias redes sociais ou de forma mais direta aos interessados. O filtro dessa produtividade parlamentar se mostrará eficiente ou não, isso ficará claro nas urnas. A conferir.
Aos mais intolerantes, não é necessário continuar lendo este artigo, pois vou falar sobre a Páscoa e Jesus, o Cordeiro Pascal de nossos tempos.
A Páscoa era uma festa anual para a nação de Israel, com o propósito de recordar aquilo que Deus fez quando deixaram o Egito e foram libertos da escravidão. No Novo Testamento, Jesus é o cordeiro que veio realizar por nós o que a nação de Israel viveu no Velho Testamento.
No texto sagrado, em especial em Êxodo 12, encontramos detalhes de como a Páscoa era celebrada. Quero destacar alguns pontos dessa celebração, que se aplicam nos dias atuais:
1) A família deve estar unida.
2) Deus falou sobre “repartir com o vizinho”, dando importância a compartilharmos Cristo uns com os outros.
3) O sangue usado nos portais das casas, dá a ideia de proteção e apropriação.
4) Comer “ervas amargosas” dá a ideia de que, ao receber Cristo, nem tudo será saboroso.
5) Quando Deus especifica a forma de preparo do Cordeiro, ele estabelece um padrão do jeito como quer e não da nossa forma. Fica claro o padrão divino, apesar de algumas pessoas quererem crer em Jesus da forma como lhes convém.
Termino dizendo que não sabemos quanto tempo ainda temos de vida, mas estamos de passagem. Somos peregrinos e não temos raízes permanentes. Isso significa que devemos saber como nos relacionar com a Terra e as coisas terrenas. O foco é a eternidade. Jesus é o Cordeiro Pascal de nosso tempo. Cristo sofreu, foi condenado, sangrado, mas Ele vive. É isso.
José Fernandes é médico (ortopedista e legista) e bacharel em direito. Atualmente vereador em Anápolis pelo MDB. Escreve todas as sextas-feiras. Siga-o no Instagram.