Mulher pede indenização de sites de apostas após perder herança da família de R$ 320 mil, em Goiânia

Segundo advogados da vítima, ela teria sido induzida por propagandas falsas, realizadas por influencers nas redes sociais

Samuel Leão Samuel Leão -
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Foto ilustrativa de pessoa utilizando o celular. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Após perder todo o dinheiro que tinha, proveniente de uma herança familiar, uma mulher ingressou com uma ação de responsabilidade civil com pedido de indenização por danos morais e materiais contra uma plataforma de apostas online. Ela teria perdido mais de R$ 322 mil nos jogos.

Segundo os advogados da goiana, ela teria sido induzida por propagandas falsas, realizadas por influencers nas redes sociais, e decidiu tentar complementar a renda através do jogo virtual. Nos anúncios, ela vislumbrou a possibilidade de ganhar R$ 50 mil rapidamente.

Animada, passou a fazer apostas, perdendo inicialmente cerca de R$ 6 mil. Angustiada e desolada pela perda, resolveu tentar recuperar o prejuízo, fez mais aplicações e acabou perdendo todo o dinheiro que era dela e da família.

Impactada pelo ocorrido, ela teve uma crise de ansiedade com convulsões, precisando ser internada e assim permanecer por dois dias. Nos piores momentos, ela teria tentado até tirar a própria vida, o que demandou a intervenção dos profissionais de saúde.

Atualmente, a apostadora precisa de acompanhamento psicológico e psiquiátrico contínuo. Entre os pontos destacados no processo, está a manipulação psicológica que as plataformas realizam, seduzindo os clientes e utilizando a reputação de celebridades para influenciar as pessoas.

Os advogados justificam a necessidade de aplicar o Código de Defesa do Consumidor (CDC) argumentando que existe uma relação de consumo entre a cliente (vítima), a influenciadora que promoveu a plataforma de jogos, o fornecedor (empresa de apostas) e as instituições financeiras que gerenciam os depósitos e transferências de dinheiro.

Eles mencionaram, como exemplo, que o CDC garante aos consumidores o direito a informações claras e adequadas sobre os produtos e serviços disponíveis no mercado, abrangendo aspectos como qualidade, segurança, origem e preço.

Dessa forma, destacaram que os influenciadores digitais, ao recomendar produtos ou serviços em suas redes sociais, têm a obrigação de fornecer informações precisas e claras sobre esses produtos e serviços, sob risco de serem responsabilizados por danos causados pela falta de informações adequadas.

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