Mercado imobiliário cria alternativas para atender preferência de goianos por carros

Gosto por veículos maiores e mais potentes deixa diversos motoristas de Goiânia em uma situação bastante apertada

Davi Galvão Davi Galvão -
Vagas de empreendimentos deverão acompanhar tendência de carros maiores. (Foto: Divulgação)

Gostos e preferências não são estáticos e variam com o passar do tempo. As vendas nas concessionárias apontam que a tendência dos goianos é a busca por carros maiores.  Porém, nem todas as garagens do país estão prontas para essa mudança.

Para se ter uma ideia, carros de maior porte como picapes e os SUVs tiveram um enorme aumento nas vendas nos últimos anos. Em 2023, foram comercializadas 402 mil picapes, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o que corresponde a 18% das vendas de veículos no ano passado.

Mas com a satisfação de ter um carro maior, mais moderno e estiloso, pode vir um transtorno típico de quem usa esses utilitários: a falta de vagas de garagem com tamanho ideal para acomodar tais veículos.

O problema se agrava quando se considera as dimensões dos veículos. Uma Hilux 2024, por exemplo, pode chegar a 5,32m de comprimento e 2,02m de largura, enquanto a Ram 3500, maior picape do mercado brasileiro, com 6m de comprimento, 2,12m de largura e 2m de altura, sequer cabe em uma vaga G, a maior prevista no Código de Obras de Goiânia.

Um dos síndicos que lida com essa situação é Ronan Abreu Reis, engenheiro civil e vice-presidente do Secovi Goiás. No Residencial Cap Ferrat, prédio de 1988 no Setor Oeste de Goiânia.

Para tentar contornar essa crescente problemática, no Residencial Cap Ferrat, prédio de 1988, no Setor Oeste, em Goiânia, ele busca soluções para acomodar os carros maiores sem comprometer a circulação na garagem.

“Os proprietários podem usar vagas duplas ou estratégicas em áreas periféricas, mas isso depende de diálogo e negociação entre os moradores”, explicou.

No final do dia, quem mais lucra com isso é o mercado. Afinal, se essa necessidade não é atendida pelos padrões de imóveis atuais, cabe à construção civil pensar em alternativas para isso.

Iniciativas como as da Euro Incorporações, por exemplo, buscam findar essa dor de cabeça dos motoristas com vagas maiores até mesmo do que as previstas na legislação.

Na capital, por exemplo, as já mencionadas vagas de tamanho G, contam com 2,5 metros de largura, 5,5 metros de comprimento. Porém, já em projetos da imobiliária, há a previsão de vagas imperiais de 7,35 x 4,85.

“Quem tem carro grande geralmente sofre para estacionar por conta das vagas apertadas, então o nosso objetivo ao propor o uso de dimensões maiores para garagens em prédios residenciais é gerar conforto para os proprietários de picapes e também para os demais usuários, que terão também tranquilidade para usar suas vagas e as áreas de circulação”, esclarece Henrique Campelo, gerente do empreendimento.

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