Secretaria de Saúde alerta sobre perigoso vírus respiratório em Goiás

Transmissão pode ocorrer por meio de gotículas expelidas por infectados e pelo contato com objetos contaminados

Samuel Leão Samuel Leão -
Mortalidade por vírus respiratório em crianças segue alta, diz Fiocruz
(Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil)

Devido ao tempo seco e tomado pela fumaça, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES) emitiu um alerta para a ocorrência de um vírus, que pode causar bronquiolites e pneumonias. A infecção gera riscos, especialmente, para idosos, bebês, imunossuprimidos e pessoas com comorbidades.

Registradas entre março e julho, cerca de 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias foram causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), um micro-organismo que circula especialmente nesse período do ano.

A ameaça invisível teve 10 casos confirmados em 2024, apenas no Hospital de Doenças Tropicais (HDT), referência na área. O vírus é considerado altamente contagioso, podendo ser transmitido pelas gotículas expelidas por infectados ou até pelo contato com objetos contaminados.

A médica infectologista Roberta Rasssi alertou para a ocorrência de tosse, espirro, coriza, mal-estar e febre, sintomas que podem, muitas vezes, serem confundidos com viroses comuns. Em casos mais graves, o VSR pode evoluir para insuficiência respiratória e complicações associadas, como, por exemplo, a pneumonia bacteriana.

Ela ressalta a importância de manter os ambientes devidamente ventilados, realizar lavagens das mãos e higienizar não só elas, mas também objetos compartilhados, com álcool 70%, evitando assim a proliferação do vírus.

“É importante manter a higiene adequada das mãos, evitar ambientes lotados com bebês e manter objetos pessoais limpos”, explica a médica. A profissional também apontou a importância de não levar crianças com sintomas respiratórios para ambientes coletivos, como creche ou escola, e proteger os recém-nascidos de ambientes com muitas pessoas.

O diagnóstico pode ser obtido através de exames clínicos, baseados nos sintomas, podendo também ser confirmado por meio do teste PCR. Vale ressaltar que o Governo Federal oferece, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), o anticorpo monoclonal contra o VSR, para bebês prematuros extremos, cardiopatas e aqueles com problemas pulmonares.

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