Trabalhando há poucos dias na empresa, funcionários fazem paralisação e caso vai parar na Justiça

Conforme defesa, eles exigem direitos indevidos como pagamento de 100% de hora extra em qualquer dia da semana

Davi Galvão Davi Galvão -
Trabalhando há poucos dias na empresa, funcionários fazem paralisação e caso vai parar na Justiça
Decisão foi suspensa. (Foto: Ilustração/Pexels)

Após recorrer na Justiça, uma empresa do setor metalúrgico conseguiu reformar uma decisão judicial que havia revertido a demissão por justa causa de alguns empregados, após demonstrar que eles de fato haviam descumpriram obrigações contratuais.

Segundo os advogados da empresa Diêgo Vilela, Gabriella Rezende, Rayane Almeida e Amanda Fortunato, os empregados, que trabalhavam no local há cerca de 10 dias, organizaram um movimento no pátio com o intuito de reivindicar direitos que não eram devidos, como: pagamento de 100% de hora extra em qualquer dia da semana, vale-alimentação e adiantamento salarial, entre outros.

Diante da paralisação das atividades laborais e das cobranças que não haviam sido acordadas, os funcionários foram demitidos por justa causa. Porém, eles recorreram e conseguiram, em primeira instância, a reversão da decisão.

Os trabalhadores recorreram à Justiça e, em primeira instância, conseguiram a reversão da demissão por justa causa. Entretanto, a empresa apresentou um recurso com provas documentais e testemunhais que evidenciavam o descumprimento contratual por parte dos empregados.

No recurso, ficou comprovado que a relação de trabalho se tornou insustentável devido à quebra de confiança, o que justificou a demissão. A decisão foi proferida pelo desembargador Mario Sergio Bottazzo, cujo voto foi acompanhado por unanimidade pela 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-GO).

O relator do caso acolheu os argumentos da empresa e ressaltou que o movimento dos empregados era “é insuportavelmente grave não só pelo trabalho que deixou de ser realizado, mas especialmente pela afronta ao empregador”. O desembargador explicou que a atitude dos funcionários não poderia ser comparada a simples atrasos ou faltas, e que “o movimento concatenado de abandono dos postos de trabalho é uma claríssima e insuportável ofensa ao patrão, se não justificada”.

Davi Galvão

Davi Galvão

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Atua como repórter no Portal 6, com base em Anápolis, mas atento aos principais acontecimentos do cotidiano em todo o estado de Goiás. Produz reportagens que informam, orientam e traduzem os fatos que impactam diretamente a vida da população.

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