Advogado é indenizado após consumir sanduíche com agulha de injeção em Goianésia

Profissional foi submetido a uma série de exames e diz ter ficado com medo

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Imagem mostra sanduíche e agulha. (Foto: Reprodução/TJGO)

Enquanto mastigava um sanduíche durante uma noite do Carnaval de 2023 em Goianésia, um estranho incômodo dominou a boca do advogado Emannuel Matheus, de 25 anos. Ao cuspir a comida na pia, veio a desagradável surpresa: no meio do pão, salada e carne estava uma agulha de injeção.

Em entrevista ao Metrópoles, ele afirma que ficou confuso, nos primeiros segundos, sobre o que era o artefato, mas que, ao analisá-lo bem, percebeu o que era. Por sorte, ele não se feriu.

“A primeira coisa que percebi é que era pontiagudo. Naqueles primeiros segundos, não tinha entendido que era uma ponta de agulha. Fui olhar com calma e vi que era metálico. No meio, dá para ver um furo. De imediato, senti muito nojo”, diz.

O profissional, que ainda recebia uma visita em casa, afirma que a outra pessoa consumia do mesmo lanche e chegou a ficar com ânsia de vômito após o fato. Ele foi reembolsado pelo sanduíche após comunicar o ocorrido ao estabelecimento.

Com medo de ter ingerido algo proveniente de lixo hospitalar, Emannuel teve que passar por uma série de exames. Decidido, ele entrou na Justiça pedindo indenização por danos morais e reembolso dos gastos com exames médicos.

“Por ser uma ponta de agulha de seringa, a gravidade aumenta muito. Senti medo de ter alguma doença”, diz o profissional.

Em defesa, o dono da antiga lanchonete Porko’s, Lucas de Faria, tentou acordar pela realização de uma perícia técnica no sanduíche, o que foi descartado.

Segundo ele, seria “impossível” que uma agulha fosse colocada no lanche, uma vez que a carne é desfiada manualmente por uma pessoa após ser cozida.

Assim, foi arbitrado pela juíza Lorena Cristina Aragão Rosa, no dia 9 de janeiro de 2024, o pagamento de R$ 2 mil por danos morais e mais R$ 360 pelos gastos médicos.

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