Dados oficiais apontam Goiás no 6º lugar em avistamento de OVNIs; relembre casos emblemáticos

Informações são Comando da Aeronáutica Brasileira e consideram os anos de 1954 e 2018

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Dados oficiais apontam Goiás no 6º lugar em avistamento de OVNIs; relembre casos emblemáticos
Caça Mirage 2000 da Força Aérea Brasileira. (Foto: Cabo V. Santos/ FAB)

Dentre relatos de aparições extraordinárias no céu, Goiás é um dos estados que se destaca pela quantidade de registros. Um recorte aponta que a unidade federativa ocupa a 6ª posição com maior avistamentos de objetos voadores não identificados (OVNIs).

Conforme dados divulgados pelo Comando da Aeronáutica Brasileira, somente entre 1954 e 2018, o estado teve 48 casos de OVNIs – mesmo número que Minas Gerais (MG). Em paralelo, durante o mesmo período no Brasil, foram contabilizados 743 – representando 6,5%.

Na liderança do ranking, Pará aparece no top 1 com 133 casos. Logo em seguida, vem o Distrito Federal, que soma um total de 108 avistamentos.

São Paulo figura na terceira posição, com 103 relatos, enquanto Paraná e Rio Grande do Sul despontam com 96 e 50 aparições de OVNIs, respectivamente.

Noite Oficial dos OVNIs

Um dos episódios mais emblemáticos que envolveu o estado foi registrado em 19 de maio de 1986 e ficou conhecido como sendo “A Noite Oficial dos OVNIs”.

Na data, 21 objetos voadores não identificados foram vistos por dezenas de testemunhas, incluindo militares, nos estados de Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Para se ter uma ideia, três jatos Mirage foram acionados da Base Aérea de Anápolis e tinham como objetivo interceptar uma possível ameaça externa. Caças da base aérea fluminense, em Santa Cruz, também entraram em ação para ajudar os pilotos goianos.

Ao todo, cinco caças chegaram a perseguir os pontos luminosos por cerca de 4h, mas não conseguiram acompanhar os objetos de perto. A cada vez que eles tentavam se aproximar, os OVNIs aceleravam de forma brusca e com uma velocidade equivalente a 18.375 km/h – 15 vezes maior que a velocidade do som.

Em determinado momento, as luzes pareciam brincar com os aviões, chegando a voar de forma organizada ao redor dos pilotos, como se estivessem fazendo uma escolta. Os profissionais descreveram os OVNIs como sendo pontos luminosos enormes, que possuíam até 100 metros de diâmetro.

Após os objetos não serem mais vistos, os pilotos retornaram para as respectivas bases.

“Como conclusão dos fatos constantes observados, em quase todas as apresentações, este Comando é de parecer que os fenômenos são sólidos e refletem de certa forma inteligência, pela capacidade de acompanhar e manter distância dos observadores, como também voar em formação, não forçosamente tripulados”, diz um relatório.

Outro caso 

Conforme um relatório da Base Aérea de Anápolis, assinado pelo capitão aviador Zander Nogueira Martins, do Centro de Operações Aéreas, no dia 23 de março de 1982, por volta das 11h, um OVNI foi avistado, no momento em que uma aeronave F-103 executava loops sobre o aeródromo de Anápolis.

“A olho nu (era possível vê-lo dessa maneira), o objeto tinha uma forma circular (aparentemente esférica), de cor branca, tendendo para prata. Visto com binóculo, a forma era a mesma, porém, mais brilhante, por vezes se apresentando avermelhado, com tendência para dourado. […] A curiosidade de um e de outro fez com que a maioria das pessoas na Base Aérea de Anápolis vissem [sic] o objeto, inclusive o autor deste documento”, diz o documento.

Foram feitas checagens, relacionadas à possível existência de balões sondas ou satélites artificiais na região, além de contato de radar, mas sem resultado.

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