Família de vítima de acidente na BR-153 será indenizada em R$ 500 mil

PRF identificou que o acúmulo de água responsável pelo acidente foi causado pelo rompimento de uma adutora de um bairro vizinho

Davi Galvão Davi Galvão -
Família de vítima de acidente na BR-153 será indenizada em R$ 500 mil
(Foto: Reprodução/ Internet)

Após uma vitória na 1ª Vara Federal de Anápolis, a família de uma mulher que faleceu após um acidente na BR-153, entre Anápolis e Jaraguá, será indenizada em R$ 440 mil a título de danos morais pela Saneago e pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Também foi estipulado o valor de R$ 57,4 mil por danos materiais com relação ao veículo.

Conforme relatório da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e divulgado pelo portal Rota Jurídica, o acidente, que ocorreu em outubro de 2018, aconteceu após a vítima perder o controle ao passar por uma área alagada, colidir com um barranco e ter capotado várias vezes.

A PRF ainda identificou que o acúmulo de água foi causado pelo rompimento de uma adutora de um bairro vizinho, cuja água não foi adequadamente drenada devido a falhas no sistema pluvial.

Diante disso, a família da vítima resolveu levar o caso para vias judiciais, argumentando que o DNIT falhou ao não sinalizar a pista e informar os motoristas sobre as condições perigosas, enquanto a Saneago foi acusada de negligência ao não consertar o vazamento da adutora.

A empresa, inclusive, defendeu-se alegando que o acidente ocorreu por excesso de velocidade e pelas condições ruins da estrada, enquanto o DNIT negou responsabilidade e questionou os danos morais e materiais.

Ao julgar o caso, o juiz Marcelo Meireles Lobão concluiu que “o DNIT deve ser responsabilizado civilmente pelos danos sofridos pelos autores. A falta de conservação e manutenção adequada da rodovia foi determinante para que a condutora perdesse o controle do veículo ao derrapar em trecho com grande acúmulo de água e desprovido de sinalização e defensas”.

Com relação à Saneago, o juiz afirmou que a Saneago deveria adotar as providências previstas na legislação para garantir a segurança nas vias afetadas após o rompimento da tubulação e que, ao não fazer cumprir tal medida, contribuiu para que o acidente ocorresse.

Davi Galvão

Davi Galvão

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Atua como repórter no Portal 6, com base em Anápolis, mas atento aos principais acontecimentos do cotidiano em todo o estado de Goiás. Produz reportagens que informam, orientam e traduzem os fatos que impactam diretamente a vida da população.

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