Com filho internado, vendedora de doces em semáforo de Anápolis pede ajuda à população: ‘não sou de pedir, mas quem puder ajudar’

Além dele, Karla ainda tem outras duas garotas que precisam de cuidados

Davi Galvão Davi Galvão -
Karla, que vende balas de coco no semáforo, luta para conseguir dinheiro para sustentar a família. (Foto: Mafi_galdino)
Karla, que vende balas de coco no semáforo, luta para conseguir dinheiro para sustentar a família. (Foto: Mafi_galdino)

Moradora do bairro Filostro, em Anápolis, todos os dias Karla da Silva Miranda acordava antes do raiar do sol para esperar o ônibus. O destino é o semáforo da Av. Ana Jacinta com a Av. Mato Grosso, onde a mãe solo vende balas de coco para prover o sustento da família.

Em uma rotina que já era desafiadora, dado que, de Karla, dependem outras duas filhas adolescentes, de 12 e 15 anos, e a mãe já idosa, a situação apertou ainda mais após o filho mais velho, João Marcos, de 17 anos, precisou ser internado.

Já há quase 30 dias hospitalizado no Instituto de Medicina do Comportamento Eurípedes Barsanulfo (Inmceb), agora Karla precisa passar a maior parte do tempo com o filho, que é bipolar e apresenta distúrbios psicológicos.

João Marcos segue internado há quase um mês. (Foto: Arquivo Pessoal)

“Antes eu ia, conseguia pelo menos tirar uns R$ 100 em um dia bom, chegava 07h e voltava para casa só à noite. Agora, tendo que acompanhar meu menino, não consigo nem R$ 50”, lamentou.

Com a rotina pesada, Karla contou que, nas últimas semanas, mal tem ido para casa. Para aproveitar o pouco tempo que tem, vai do hospital para o semáforo e, ao final da tarde, retorna ao centro clínico para poder ficar com o filho.

“O que eu consigo juntar eu mando lá para casa, minha mãe tá cuidando das minhas outras meninas, mas não é fácil, comprar comida, bancar transporte, eu faço meu melhor, mas já era difícil antes, agora eu não sei mais o que fazer”, disse.

Ainda sem previsão de alta, as contas da casa seguem se acumulando, uma após a outra. A mãe contou que as meninas só não passaram fome por conta da doação de uma cesta básica e está fazendo o possível para complementar com a renda que tira do semáforo.

“Não sou de pedir as coisas, mas quem puder ajudar, seja com um pix, eu agradeceria bastante. Se não quiser dar dinheiro, pode ser comida, ou mesmo comprar minha balinha lá no semáforo. Só até meu filho sair, está muito difícil”, disse, por fim.

Karla está aceitando doações através do Pix (62) 99463-7516 e também está, diariamente, no semáforo da Av. Mato Grosso, para quem puder contribuir de alguma outra maneira.

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