A necessidade de reorganização do Centro de Controle de Zoonoses de Anápolis
Espaço, que deveria ser um pilar essencial na prevenção e monitoramento de zoonoses, tem sido utilizado de forma inadequada, comprometendo sua real finalidade


A recente reunião com o Ministério Público e autoridades competentes trouxe à tona uma realidade preocupante sobre o funcionamento do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Anápolis.
O espaço, que deveria ser um pilar essencial na prevenção e monitoramento de zoonoses, tem sido utilizado de forma inadequada, comprometendo sua real finalidade e acarretando uma série de irregularidades administrativas e práticas.
Um dos principais problemas identificados foi o acúmulo excessivo de animais, o que não apenas prejudica a saúde e o bem-estar dos mesmos, mas também compromete a eficiência da unidade em suas atribuições primárias. Ademais, constatou-se que, além das atividades do CCZ, o local também abrigava o órgão de Bem-Estar Animal, que, por sua natureza, deveria estar sob a gestão da Secretaria de Meio Ambiente e não da Secretaria de Saúde.
Diante desse cenário, o Ministério Público determinou a interrupção das atividades do Bem-Estar Animal no CCZ, permitindo que a unidade volte a atuar exclusivamente dentro de suas competências legais. Essa medida busca corrigir uma distorção administrativa que vinha impactando negativamente tanto a saúde pública quanto a gestão dos animais acolhidos.
A reunião contou com a presença de diversas autoridades e especialistas, incluindo o Dr. Marcelo de Freitas (Promotor de Justiça), Thiago de Sá Lima (Secretário de Habitação e Planejamento Urbano), Rone Evaldo (Secretário de Obras, Meio Ambiente e Serviços Urbanos), Rafael Vieira (Presidente do CRMV-GO), Thiago Vitorino (Diretor de Meio Ambiente) e Daniel Soares (Diretor de Vigilância e Saúde).
O debate foi produtivo e demonstrou um esforço coletivo na busca por soluções e recursos que garantam o funcionamento adequado do CCZ e do Bem-Estar Animal, cada qual dentro de sua devida competência.
A população precisa de serviços públicos eficientes e organizados. Essa reorganização é um passo essencial para garantir um atendimento mais consciente, correto e digno, tanto para os animais quanto para os cidadãos que dependem dessas instituições.