Somatória: Justiça de Goiás condena “Grupo das tias” e professora a mais de 37 anos de prisão
Esquema aplicava os golpes nas cidades de Goiânia, Itaguaru e Anicuns, além de uma ramificação em Rondonópolis (MT)
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A Justiça de Goiás condenou cinco pessoas a mais de 37 anos de prisão por integrarem um esquema em que uma quadrilha, conhecida como “Grupo das Tias”, aplicava golpes criminosos, como estelionato e falsificação de documentos.
A decisão foi emitida pela juíza Placidina Pires, da 1ª Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores, conforme apontou o portal Rota Jurídica.
Segundo as investigações, o grupo praticava os crimes nas cidades de Goiânia, Itaguaru e Anicuns, onde cooptavam as vítimas e ‘confeccionavam’ documentos de identificação falsos com os dados delas, trocando as fotos por imagens dos próprios integrantes do esquema.
Depois disso, as “tias” iam até agências do Banco do Brasil, onde se passavam pelas clientes e abriam contas bancárias em nome delas. No local, as criminosas solicitavam empréstimos e, após os depósitos, distribuíam os valores entre os integrantes da quadrilha.
As vítimas só tomavam conhecimento do ocorrido após perceberem os vínculos dessas contas e empréstimos, resultando em prejuízos tanto para elas quanto para a instituição bancária.
De acordo com a investigação, quatro mulheres e um homem faziam parte do “Grupo das Tias”, sendo que a líder, Rayanne Freitas dos Santos, era chamada de “professora”. Isabel de Souza Barbosa e Letícia Rodrigues Santiago atuavam como uma espécie de “gerentes” das atividades da quadrilha, distribuindo os documentos falsos, que, por sua vez, eram confeccionados por Leandro Ferreira da Conceição, utilizando dados como comprovantes de endereço e de renda das vítimas.
Depois disso, Mislene Faria Morais realizava a abertura das contas em agências bancárias de Goiás, enquanto Joiciane da Silva Sousa atuava como líder de uma ramificação do esquema em Rondonópolis (MT).
Com base nisso, a juíza definiu condenações para todos os envolvidos, sendo que a “professora” recebeu a pena mais branda: 11 anos de reclusão em regime fechado e pagamento de 70 dias-multa. Juntas, as penas somadas chegam a 37 anos e quatro meses.
Confira todas as penas:
- Rayanne Freitas dos Santos: 11 anos de reclusão em regime fechado e pagamento de 70 dias-multa;
- Mislene Faria Morais: 10 anos de reclusão em regime fechado e pagamento de 60 dias-multa;
- Isabel de Souza Barbosa: Nove anos e seis meses de reclusão em regime fechado e pagamento de 179 dias-multa;
- Letícia Rodrigues Santiago: Três anos de reclusão em regime aberto, substituída por pena restritiva de direitos, e pagamento de 10 dias-multa;
- Leandro Ferreira da Conceição: Três anos de 10 meses de reclusão em regime semiaberto e pagamento de 68 dias-multa.