Tetraplégica, jovem pede eutanásia após agressão
Colombiana já teve o pedido de eutanásia negado pela promotoria de saúde pública
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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Erika Yanira Morales tinha 17 anos quando levou uma garrafada na cabeça em um bar durante um ataque de duas mulheres. Como consequência, teve um derrame cerebral múltiplo e ficou tetraplégica. Após três anos, ela luta pelo direito da eutanásia.
As sequelas de Morales não têm cura. Segundo sua irmã, Tatiana Morales, os médicos sempre foram transparentes sobre a condição da jovem, deixando claro que seu estado só tende a se agravar.
O cuidado de Erika é responsabilidade da mãe, que tem apoio de profissionais da saúde. Ela mora em um local adaptado e precisa de tratamento especializado, já que está consciente. Por estar acamada há muito tempo, ela emagreceu e agora tem úlcera e problemas de pressão.
Ela não consegue falar. Para se comunicar com a família, faz uso de um alfabeto. Foi usando as letras que pediu para que a família a ajudasse conseguir a ter o direito a eutanásia.
Pelo Facebook, Tatiana publicou um texto pedindo compreensão. “Peço respeito sobre a decisão que minha irmã tomou. Eu a apoio como uma demonstração de amor, assim como ela me pediu. Só quero ajudá-la a descansar, mesmo que vá sofrer com isso para sempre”, escreveu.
Outros familiares também apoiam a decisão de Erika. Uma prima se manifestou pelo Facebook. “É com dor e tristeza que aceitamos sua decisão, priminha. Você é quem sentiu tudo nesses longos três anos e dói te ver assim. Você não merece”, escreveu Dana Valentina.
O pedido de eutanásia já foi negado pela Emssanar, a promotoria de saúde pública da Colômbia. A alegação é que o pedido não foi feito por Erika, e sim, por sua mãe e irmã.