LUANA TAKAHASHI
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O governo da China emitiu nesta quarta-feira (9) um alerta de risco a seus cidadãos que pretendem viajar aos Estados Unidos diante da escalada de tensão entre os dois países após anúncio de tarifas.
Ministério da Cultura e Turismo do país pediu que chineses reavaliem viagens. ”Recentemente, devido à deterioração das relações econômicas e comerciais entre China e EUA e à situação de segurança interna nos Estados Unidos, o Ministério da Cultura e Turismo lembra aos turistas chineses que avaliem completamente os riscos de viajar para os Estados Unidos e viajem com cautela”, escreveu.
A recomendação foi feita por meio de um comunicado publicado no site da pasta. Horas antes, Pequim anunciou que aumentou, novamente, a tarifa aplicada a produtos norte-americanos, que agora passará a ser 84% em retaliação às taxas do presidente dos EUA, Donald Trump.
China teve a tarifa recíproca aumentada após reação. Originalmente, Trump havia determinado um total de 54% de taxas (20% em vigor desde fevereiro, mais 10% que começaram a valer no sábado e outros 24% previstos para hoje). Porém, como a China determinou na sequência uma retaliação de 34% aos produtos americanos, Trump “dobrou a aposta” e anunciou mais 50%, totalizando até 104% de taxas.
Em resposta, chineses informaram que represália de 34% subiu para 84%. Na rede social Truth, Trump afirmou logo após o anúncio chinês que é “um ótimo momento para mudar sua empresa para os Estados Unidos da América, como a Apple e tanta outras estão fazendo”.
TARIFAS ENTRAM EM VIGOR
A partir de hoje começa a valer, em caráter definitivo, os novos valores das taxas definidas pelo americano. A política tarifária dos EUA contra o mundo é dividida em tarifas abrangentes e tarifas recíprocas. As abrangentes começaram a ser cobradas no sábado, enquanto as recíprocas valem a partir de hoje. Se mercadorias estiverem a caminho dos EUA, mas saíram antes da hora determinada, vão seguir as regras válidas até então.