Grupo acessava celulares à distância, invadia contas e roubava dinheiro de milhares de pessoas sem que elas percebessem

Golpistas, que atuaram entre novembro de 2024 e março de 2025, foram alvos de operação das polícias civis de Goiás e do Rio de Janeiro

Samuel Leão Samuel Leão -
Grupo acessava celulares à distância, invadia contas e roubava dinheiro de milhares de pessoas sem que elas percebessem
Polícia Civil realiza “Operação Corsários Virtuais” contra integrantes de uma organização criminosa especializada em crimes cibernéticos. (Divulgação PCERJ)

Uma operação conjunta das polícias civis de Goiás e do Rio de Janeiro foi deflagrada nesta quarta-feira (16) para desmontar uma quadrilha especializada em crimes cibernéticos, acusada de controlar remotamente os celulares das vítimas e desviar grandes quantias de dinheiro sem que elas percebessem.

Batizada de Operação Corsários Virtuais, a ação cumpriu mandados de busca e apreensão em Goiás. Segundo as investigações, os golpistas atuaram entre novembro de 2024 e março de 2025, aplicando golpes em todo o país. Em apenas um dos casos, uma única vítima teve prejuízo superior a R$ 480 mil.

De acordo com a polícia, o grupo movimentou cerca de R$ 1,8 milhão, repassando os valores para contas de “laranjas”, além de empresas de fachada, como construtoras e transportadoras. Também foram comprados carros de luxo em nome de terceiros, e diversos cartões bancários foram encontrados nas casas dos principais alvos.

A Justiça determinou o bloqueio de R$ 480 mil e impôs o uso de tornozeleiras eletrônicas para os investigados.

Golpe começa com ligação falsa de banco

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) explicou que o golpe geralmente começa com o criminoso se passando por funcionário do banco. A vítima recebe uma ligação ou mensagem alertando sobre uma suposta invasão, clonagem ou movimentação suspeita na conta.

Para “resolver o problema”, os criminosos pedem que o usuário instale um aplicativo por meio de um link. A partir daí, eles passam a ter acesso remoto ao celular, conseguindo invadir aplicativos bancários e fazer transferências sem que a vítima perceba.

A Febraban reforça que nenhum banco entra em contato pedindo senha, número do cartão ou solicitando a instalação de qualquer app. Também não é comum o banco solicitar transferências ou pagamentos para supostamente regularizar problemas.

A recomendação é desligar imediatamente ao receber esse tipo de contato e, caso haja dúvida, ligar para os canais oficiais que constam no verso do cartão bancário.

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