Pastor de calcinha: relembre escândalos sexuais de outros religiosos em Goiás

Casos de personalidades conhecidas, como os de João de Deus e do pastor Davi Passamani, estão entre os que tiveram grande repercussão

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
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Imagem mostra pastor Davi Passamani, Eduardo Costa, João de Deus e Jean Rogers. (Foto: Reprodução/ Instagram/ Divulgação)

Envolvimento em escândalos sexuais, como o vivido pelo pastor evangélico Eduardo Costa — flagrado andando de calcinha, micro short e peruca loira em um estacionamento próximo a um bar no Setor Urias Magalhães, em Goiânia —, não é o único na história de Goiás.

Sendo assim, o Portal 6 fez um levantamento com outros casos nessa temática que chamaram atenção no estado de Goiás, nos últimos anos.

Um dos casos mais conhecidos e repercutidos midiaticamente é o do médium João Teixeira de Faria, mais conhecido como João de Deus. Em 2023, ele foi condenado inicialmente a mais 118 anos, 6 meses e 15 dias de prisão, em regime inicial fechado, pelos crimes de estupro, violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável.

As denúncias vieram à tona em 7 de dezembro de 2019, quando mulheres deram entrevista ao programa Conversa com Bial, da TV Globo, denunciando que foram abusadas sexualmente pelo idoso durante os atendimentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia.

Diante da repercussão, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) criou uma força-tarefa para averiguar a situação e chegou a receber mais de 300 denúncias contra o acusado. Ele, porém, sempre negou as acusações.

Médium João de Deus. (Foto: Divulgação)

Outras situações

Fundador da igreja Casa, em Goiânia, Davi Passamani também foi preso por agentes da Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher, suspeito de praticar crimes sexuais.

A investigação teve início após duas denúncias de assédio. Em março de 2020, uma jovem de 20 anos usou as redes sociais para denunciar o religioso por importunação sexual. A acusação foi formalizada na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), que apurou o relato.

No depoimento prestado por ela, o assédio ocorreu pouco mais de um ano antes da denúncia. Ela afirmou que teve medo e insegurança em expor a situação, mas garantiu ter provas das queixas, como áudios, mensagens de texto e até vídeo de uma chamada que o pastor teria feito com ela.

O caso corria em segredo de Justiça, mas foi arquivado um mês depois por ausência de justa causa.

Já em 20 de dezembro de 2023, outra vítima registrou boletim de ocorrência relatando que Davi enviou mensagens com teor sexual, descreveu fantasias eróticas e fez uma chamada de vídeo mostrando o órgão sexual.

Em 4 de abril de 2024, ele foi preso pela Polícia Civil. Ainda em 26 de março do mesmo ano, foi condenado a pagar uma indenização de R$ 50 mil por assédio.

Davi Passamani

Davi Passamani. (Foto: Reprodução)

Até em Anápolis

Jean Rogers Rodrigo de Sousa. (Foto: Reprodução)

Dentro da comunidade católica em Anápolis, chamada Arca de Maria, ex-freiras e ex-noviças denunciaram Jean Rogers Rodrigo de Sousa— também conhecido como padre Rodrigo Maria — por supostamente praticar abuso sexual.

As denúncias começaram em 2006, mas repercutiu em 2018, quando ele foi acusado de fazer lavagem cerebral em jovens que recrutava para a missão religiosa.

Uma das vítimas afirmou que ela e as colegas raspavam a cabeça, passaram a rejeitar as famílias e, caso cometessem alguma rebeldia, eram castigadas por ele — que as submetia à dieta de pão e água.

Logo em seguida, surgiram denúncias de conduta sexual criminosa, desde estupro até masturbação durante conversas virtuais. Ja em 2019, ele perdeu o estado clerical por ordem do Papa Francisco.

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Gabriella Pinheiro

Gabriella Pinheiro

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, está sempre atenta aos temas que impactam o dia a dia da população. Começou como estagiária no Portal 6 e, com dedicação e olhar apurado, chegou à editoria. Tem interesse especial na prestação de serviços, mas não dispensa uma boa reportagem ou uma história bem contada.

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