Falsa biomédica vai a júri popular por morte de influenciadora em Goiânia
Segundo as investigações, a vítima viajou do Distrito Federal até a capital goiana para realizar o procedimento na clínica de Grazielly

A Justiça de Goiás decidiu que Grazielly da Silva Barbosa, acusada de atuar ilegalmente como biomédica, será julgada pelo Tribunal do Júri pela morte da influenciadora Aline Maria Ferreira, de 33 anos.
Aline morreu após um procedimento estético feito em Goiânia, em junho de 2024, com aplicação de PMMA nos glúteos.
Segundo as investigações, a vítima viajou do Distrito Federal até a capital goiana para realizar o procedimento na clínica de Grazielly, que cobrou R$ 3 mil. Testemunhas apontaram que o material usado tinha origem duvidosa, supostamente vindo do Paraguai, e ainda era misturado com óleo antes da aplicação.
Leia também
- Mulher sofre mal súbito e morre após primeira aula de hidroginástica no interior de Goiás
- Preso após assassinato em Anápolis, jovem diz que matou “por ter sido humilhado e levar tapa na cara”
- Placa em carro de motorista de aplicativo chama atenção de passageiros por recado sem medo
- Médica credenciada do Detran Goiás expõe cenário “insustentável” e indica quando paralisação deve acabar
Dias depois, Aline começou a passar mal e acabou falecendo em 2 de julho. O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida, entendeu que há indícios suficientes para que a acusada seja julgada por homicídio qualificado, exercício ilegal da medicina e crime contra o consumidor.
Grazielly chegou a ser presa, mas hoje responde em prisão domiciliar. As apurações também revelaram que a clínica não tinha prontuários, não fazia fichas de anamnese nem exigia exames prévios. O espaço acabou interditado. A data do julgamento ainda será definida.