Corumbá IV existe em Goiás, mas cadê I, II e III? Descubra a resposta
Numeração das usinas no Rio Corumbá guarda história curiosa e revela destinos turísticos surpreendentes

Ouça bem esse nome curioso: Corumbá IV. O número já entrega um mistério que intriga visitantes e apaixonados pelas paisagens hidroelétricas de Goiás.
Afinal, se existe um quarto lago ou usina, onde estão o primeiro, o segundo e o terceiro? Por trás dessa dúvida, há história, engenharia e turismo, e cada número carrega uma vida própria, segundo fontes oficiais.
O que hoje é chamado informalmente de “Corumbá IV” refere-se à Usina Hidrelétrica Corumbá IV, inaugurada em 04 de abril de 2006 no Rio Corumbá, no estado de Goiás.
Seu reservatório ocupa cerca de 173 km², banhando diversos municípios como Luziânia, Abadiânia, Alexânia, Silvânia, Santo Antônio do Descoberto, Novo Gama e Corumbá de Goiás, e conta com duas turbinas Francis capazes de gerar cerca de 129,6 MW.
Corumbá IV existe, mas cadê I, II e III?
Antes dela, existiu a Usina de Corumbá, sem sufixo numerado, o que poderia ser chamada popularmente de “Corumbá I”, mas não oficialmente.
Iniciada em junho de 1997 no rio Corumbá, a primeira usina gera 375 MW com três turbinas Francis. Seu reservatório tem cerca de 65 km² e trata-se de um ponto importante para esportes aquáticos e turismo termal nas proximidades de Caldas Novas, segundo a Eletrobras Furnas.
Depois, veio a Usina Corumbá III, inaugurada em abril de 2009 em Luziânia, com reservatório de 77,42 km², barragem de 54 m de altura e capacidade para gerar aproximadamente 93,6 MW.
Mas… e a tal Corumbá II? Não existe. A história revela que a sequência numérica não foi pensada para todas as usinas da bacia.
Segundo o Diagnóstico da Unidade de Planejamento da Bacia Hidrográfica do Rio Corumbá (UPGRH), foram identificadas apenas três grandes usinas: a primeira, simplesmente “Corumbá” (1997), a terceira (2009) e a quarta (2006). A numeração ignora um “segundo capítulo” que não foi construído ou projetado com esse nome, portanto nada além disso.
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Na prática, para o turista curioso, isso significa que há três usinas em operação, mas quatro nomes usados. A “I” (sem número) fica perto de Caldas Novas, perfeita para quem quer aproveitar águas e esportes.
A “III”, menos conhecida como destino turístico, está em Luziânia com charme próprio e águas mais reservadas. E a “IV” impressiona por sua amplitude e potencial paisagístico, oferecendo turismo náutico e ecológico na região do Entorno do Distrito Federal.
Portanto, cadê o “II”? Ele não foi batizado, e não há registro de uma usina com esse número. A sequência pulou direto do primeiro (sem número) para o terceiro e quarto, talvez por decisões internas do setor elétrico e da nomenclatura empresarial.
Para quem visita Goiás, essa peculiaridade torna-se um convite lúdico: descubra se seus passos te levarão à energia vibrante da primeira usina, à serenidade da terceira ou à grandiosidade do quarto reservatório.
Em qualquer um desses cenários, você entenderá que, seja por estratégia ou coincidência, a numeração esconde um enigma, mas revela, acima de tudo, destinos que valem cada curva do mapa turístico do Corumbá.
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