11 de Setembro: memórias que ainda transformam o mundo
Que a memória dessa data nos inspire a buscar mais respeito, diálogo e reconstrução

Na quinta-feira (11), o mundo relembrou os 24 anos do maior atentado terrorista da história que já acompanhei, ocorrido em 11 de setembro de 2001, em Nova York. Quem viveu aquela época sabe bem: é impossível esquecer onde estávamos quando a notícia chegou de que aviões haviam atingido as Torres Gêmeas.
Exatamente um ano depois, em fevereiro de 2003, estive pela primeira vez nos Estados Unidos e fui até o local da tragédia. O que encontrei foi um enorme buraco, cercado por máquinas, tapumes e cartazes que mostravam os planos para a reconstrução. Ali não havia prédios nem monumentos ainda, apenas silêncio, dor e a promessa de que a cidade é o país se reergueriam.
Hoje, duas décadas depois, vemos que Nova York cumpriu essa promessa. O vazio de destruição deu lugar a um memorial de esperança, lembrando que até das maiores quedas é possível se levantar.
Mas, infelizmente, a violência continua roubando vidas. Ontem mesmo, a dolorosa notícia do assassinato de Charlie Kirk, durante um evento em Utah, na presença de 3 mil estudantes universitários. Independentemente de posições políticas, é inaceitável que o debate de ideias dê lugar ao ódio e à execução. Sua morte deve servir como alerta de que a intolerância, quando alimentada, destrói famílias (esposa e duas crianças), comunidades e até nações.
Cito Tiago Brunet: “a vida não é sobre o que acontece com você, mas sobre o que você faz com o que acontece.”
O 11 de setembro e tantos outros episódios dolorosos mostram que não controlamos todos os acontecimentos, mas podemos escolher como reagir.
Que a memória dessa data (milhares de mortes), somada à triste perda de Charlie Kirk, nos inspire a buscar mais respeito, diálogo e reconstrução em nossas próprias vidas. O mundo muda quando cada um decide transformar dor em aprendizado, e obstáculos em degraus para novos recomeços.