Quanto custaria um celular Motorola V3 em 2025, corrigido pela inflação?
Ícone dos anos 2000, o aparelho chegou ao Brasil como símbolo de status, ostentação e desejo

O início dos anos 2000 marcou uma virada tecnológica no mundo da telefonia móvel. Foi nessa época que o Motorola Razr V3 surgiu e conquistou o mercado.
Lançado no Brasil em 2004, o celular flip de alumínio escovado se destacava pelo design ultrafino, teclado metálico iluminado e um estilo futurista que parecia saído de um filme de ficção científica.
Mas não era só o visual que chamava atenção: o preço também impressionava. O aparelho custava entre R$ 2.400 e R$ 3.000 no lançamento, valor altíssimo para a época, quando celulares mais básicos custavam menos de R$ 500.
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Corrigido pela inflação, esse valor equivaleria hoje a mais de R$ 10 mil em 2025, segundo cálculo feito com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Um verdadeiro símbolo de status
Na prática, o V3 ocupava o mesmo espaço que iPhones Pro Max ou Galaxy Ultra ocupam hoje.
Não era apenas um celular: era um objeto de desejo, um símbolo de poder aquisitivo. Exibir o flip na mesa de um restaurante ou atender uma ligação abrindo e fechando a tampa metálica era uma demonstração de status.
Tanto que celebridades, empresários e jovens de classe alta foram os primeiros a popularizar o modelo no Brasil. Para muitos, o V3 não era só uma ferramenta de comunicação, mas uma peça de moda e estilo de vida.
O impacto no mercado
O Motorola V3 foi um dos celulares mais vendidos da história, com mais de 130 milhões de unidades comercializadas no mundo.
Esse sucesso abriu caminho para que outros fabricantes investissem em design e não apenas em funções. Pela primeira vez, aparência e exclusividade se tornaram fatores decisivos na escolha de um celular.
No Brasil, as operadoras chegaram a subsidiar o preço em planos pós-pagos, mas mesmo assim o aparelho continuava caro. Durante meses, foi sinônimo de luxo e exclusividade.
A comparação com os dias atuais
Trazer o valor do V3 para os preços de hoje mostra como ele estava em outro patamar.
Corrigido, o celular custaria o equivalente a um carro popular usado ou a um dos smartphones dobráveis mais caros do mercado.
Para economistas, essa comparação reforça o quanto o V3 marcou época e como, em 2004, ter esse aparelho era privilégio de poucos.
Um ícone que atravessou gerações
Com o tempo, a tecnologia barateou e o V3 se popularizou. Hoje, ele é lembrado com nostalgia por quem viveu a febre do celular flip.
Tanto que a Motorola relançou versões modernas com tela dobrável, tentando resgatar o charme do modelo original — mas nenhuma versão atual conseguiu repetir o mesmo impacto cultural.
O V3 ficou na memória como o celular que transformou um simples aparelho em objeto de status, algo que ainda ecoa no mercado de smartphones de luxo em 2025.
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