Maurilândia e Inaciolândia, o que essas cidades em Goiás tem em comum para levar esses nomes?
Cidades com “-lândia” que guardam homenagens e pioneirismo no coração goiano

No mapa que mistura cerrado, rios e picadas, entidades com nomes curiosos contam histórias menos visitadas — e é justamente em nomes como Maurilândia e Inaciolândia que se entrelaçam memórias políticas e gestos simbólicos. Mas o que há de comum entre esses topônimos? Por que tantos “-lândia” em Goiás?
Maurilândia surgiu formalmente em 14 de novembro de 1963, ao se emancipar do município de Rio Verde — e o nome escolhido foi uma homenagem ao governador Mauro Borges Teixeira, que sancionou a lei estadual que criou o novo município (Lei estadual nº 4.925). A prefeitura local confirma que a terra já fora composta por povoamento de garimpeiros desde 1946, em busca de diamantes, quando surgiram núcleos ao longo da confluência entre o Ribeirão Cabeleira e o Rio Verdão. O IBGE registra que o município possuia, em 2022, população de 10.304 habitantes e área territorial de 389,959 km².

Maurilândia. (Foto: Reprodução)
Inaciolândia, por outro lado, carrega no toponímico o nome de seu fundador: José Inácio. O povoado que originou a cidade começou a se formar em 1967, com algumas casas pioneiras de José Rodrigues de Barros, Pedro Soares de Arruda, Carmindo Francisco da Silva e Olras Francisco Sobrinho. José Inácio foi figura central para a comunidade local: foi ele quem doou o terreno para a rodoviária (em 1969) e articulou a chegada da primeira escola e da igreja católica. Em 29 de abril de 1992, a Lei Estadual 11.708 elevou Inaciolândia à condição de município, desmembrando-o de Itumbiara. Segundo o IBGE, em 2022 Inaciolândia tinha 5.954 habitantes, com densidade de 8,64 habitantes por km².
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Inaciolândia. (Foto: Reprodução)
Assim, o que essas cidades (ou nomes) têm em comum é o sufixo “-lândia”, signo de “terra de/ território de” usado muitas vezes para homenagear nomes próprios ou políticos — como Mauro Borges em Maurilândia, ou o próprio José Inácio em Inaciolândia. Esse artifício aparece em várias partes do Brasil ao longo do século XX, especialmente em municípios jovens — traduzindo ambições locais em batismos simbólicos.
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