Estudante de medicina da UniEVANGÉLICA que se dizia pobre para receber bolsa da Prefeitura perdeu todos os processos contra o Portal 6
Gabriella Andrade tentou censurar reportagens que revelaram ostentação no TikTok incompatível com declaração de pobreza para receber benefício público. Justiça reconheceu que Portal 6 exerceu papel legítimo de imprensa
A estudante de medicina da UniEVANGÉLICA, Gabriella Andrade Viegas de Arruda, perdeu todos os processos e recursos que moveu contra o Portal 6 e o jornalista Samuel Santos Leão e Silva.
A Justiça de Goiás arquivou as ações que pediam indenização, remoção de reportagens e proibição de novas publicações sobre o caso.
Nas decisões, o Judiciário foi categórico ao afirmar que o site exerceu legitimamente o papel de imprensa ao noticiar fatos de interesse público sobre o uso de recursos dos contribuintes de Anápolis.
Furo que revelou a fraude
Em julho de 2025, a coluna Rápidas do Portal 6 publicou com exclusividade a decisão do juiz Gabriel Lisboa, da Vara da Fazenda Pública Municipal de Anápolis, que suspendeu a bolsa de Gabriella no programa GraduAção.
O magistrado descobriu, por meio do TikTok da própria estudante, que ela ostentava um padrão de vida incompatível com a declaração de pobreza apresentada para receber o benefício público. Viagens, carros e luxo contrastavam com o discurso de necessidade financeira.
@portal6noticiasUma decisão judicial, a qual Rápidas teve acesso, revelou como uma estudante de medicina da UniEVANGÉLICA possivelmente tentou enganar o sistema público para manter a bolsa integral do programa Graduação. O juiz Gabriel Lisboa, da Vara da Fazenda Pública Municipal de Anápolis, descobriu através de pesquisas na internet que Gabriella Andrade Viegas de Arruda e sua família têm um padrão de vida que não combina com a pobreza alegada no processo. No processo, a estudante alega que depende apenas dos avós maternos, com renda familiar de três salários mínimos, mas sua versão desmoronou quando o juiz resolveu verificar informações públicas na internet e redes sociais. #Anapolis #Medicina #Justiça #Portal6♬ som original – Portal 6
Repercussão nacional e reação agressiva
A reportagem do Portal 6 rodou o Brasil. Veículos como O Globo, UOL e Metrópoles repercutiram o caso, que escandalizou Anápolis.
A reação de Gabriella e de seu namorado, Lucas Miranda, foi implacável. Enquanto ela entrava com processos para tentar tirar as matérias do ar, Lucas partiu para ameaças diretas aos jornalistas do site, com ligações de madrugada e mensagens intimidatórias que foram denunciadas publicamente pelo Portal 6.
O fim do GraduAção e a bolsa cancelada
O escândalo revelado pelo Portal 6 teve consequências concretas. A Prefeitura de Anápolis revogou definitivamente a bolsa de Gabriella.
Mais do que isso, diante das evidências de fraudes generalizadas na concessão de benefícios a pessoas que se diziam pobres mas viviam como ricas, o prefeito Márcio Corrêa (PL) extinguiu o Programa GraduAção.
O caso de Gabriella expôs as fragilidades de um sistema que permitia que recursos públicos fossem desviados para quem não precisava.
Justiça reconheceu interesse público
O juiz Glauco Antônio de Araújo, responsável pela sentença que julgou improcedentes os pedidos de Gabriella, foi claro ao afirmar que a reportagem se baseou em decisão judicial pública e que os jornalistas agiram com intenção de informar, não de ofender.
A decisão destaca que a remoção de conteúdo jornalístico é medida excepcionalíssima, cabível apenas em casos de manifesto abuso ou falsidade.
Rápidas apenas usou imagens extraídas do próprio perfil público da estudante no TikTok, mencionado na decisão judicial que originou a publicação.
Vitória da imprensa sobre a tentativa de silenciamento
O arquivamento dos processos contra o Portal 6 reforça que a liberdade de imprensa prevalece quando se trata de fiscalizar o uso de dinheiro público.
A tentativa de Gabriella de censurar as reportagens não apenas fracassou como evidenciou a importância do jornalismo na denúncia de irregularidades.
O caso também serve de alerta para que programas sociais tenham controles mais rígidos e para que quem tenta fraudar o sistema saiba que a imprensa livre está de olho.




