As gírias dos anos 1960 que muita gente não faz ideia do que significam
Gírias que marcaram uma década inteira continuam vivas no vocabulário, mesmo que muita gente nunca tenha ouvido falar delas

A década de 1960 foi um período de explosão cultural no Brasil. Música, moda, comportamento e política se misturaram e criaram um jeito completamente novo de falar.
As gírias daquela época eram divertidas, inesperadas e carregavam a energia de uma geração que vivia Bossa Nova, Tropicália, Jovem Guarda e, ao mesmo tempo, os impactos da ditadura militar.
Muitas dessas expressões sobreviveram até hoje, mas outras ficaram escondidas no tempo e surpreendem quem as escuta pela primeira vez.
Aqui estão algumas das gírias que marcaram aquela década e que hoje soam como verdadeiras cápsulas históricas.
Boa pinta e borogodó
“Boa pinta” era usada para descrever alguém bonito, arrumado e com boa aparência.
Já “borogodó” era o charme puro: aquela pessoa que não era necessariamente perfeita, mas tinha algo a mais que chamava atenção. Ambas eram muito populares entre jovens da época.
Broto e pão
Se alguém te chamasse de “broto”, podia se sentir elogiado, significava que você era bonito e interessante, independente do gênero.
“Pão”, por outro lado, era uma gíria usada para se referir a homens atraentes, algo como o “gato” de hoje.
Dar tábua
Muito usada nos bailes e encontros juvenis, significava recusar o convite para dançar.
Numa época em que dançar era praticamente obrigatório nos eventos sociais, “dar tábua” era quase uma pequena ofensa.
Lelé da cuca
Essa dispensa explicações: significava que alguém estava maluco ou agindo de forma completamente fora do normal.
A expressão surgia em tom leve, quase sempre para brincar com amigos.
Papo furado
Usada para falar sobre conversas vazias, sem conteúdo ou sem seriedade.
Era o jeito da época de dizer que alguém estava “enchendo linguiça”.
Fogo na roupa
Comum nos anos 1960, “fogo na roupa” descrevia situações complicadas, confusas ou que fugiam do controle.
Também servia para falar de pessoas intensas, agitadas ou que provocavam encrenca.
Essas expressões mostram como a linguagem muda junto com o país e como cada geração deixa um pedaço de si no jeito de falar.
Contudo algumas gírias desaparecem, outras voltam com força anos depois, e muitas acabam virando parte do vocabulário nacional sem que a gente perceba.
Afinal, elas são retratos vivos do tempo, pequenas pistas de como o Brasil pensava, vivia e se divertia lá nos anos 1960.
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