Adriana Accorsi defende que assessor de Mauro Rubem flagrado se masturbando em janela seja expulso do PT

Presidente estadual da sigla afirmou, em nota, não compactuar com situações de violência contra mulheres e meninas, e defendeu punição rigorosa

Natália Sezil Natália Sezil -
Assessor parlamentar, Camilo Bueno Rodovalho se envolveu em duas denúncias: atos obscenos, cometidos na janela de um apartamento, e violência psicológica contra a mulher
Assessor parlamentar, Camilo Bueno Rodovalho se envolveu em duas denúncias: atos obscenos, cometidos na janela de um apartamento, e violência psicológica contra a mulher. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Três dias após repercutir a primeira polêmica envolvendo o assessor Camilo Bueno Rodovalho, de 34 anos – que foi flagrado cometendo atos obscenos na janela de um apartamento no Jardim Goiás, bairro nobre de Goiânia – a presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), Adriana Accorsi, emitiu uma nota pública defendendo que ele seja expulso da sigla.

Advogado e ativista político, Camilo estava lotado, até então, no gabinete do deputado estadual Mauro Rubem (PT). O parlamentar já indicou, nesta segunda-feira (08), ter se reunido com o servidor e tê-lo afastado do cargo.

Ao que indicam as denúncias, este não foi um caso isolado. Um desdobramento publicado pelo Portal 6 detalhou o que veio à tona após a primeira situação: o advogado já foi alvo de um boletim de ocorrência por violência psicológica contra uma mulher.

Na ocasião, ele a abordou de forma indevida pelas mensagens diretas do Instagram. Ofereceu dinheiro via Pix, a chamou de “rica e sádica” e praticou assédio explícito: “Engraçado que antigamente eu teria me sentido atacado, intimidado, com essa msg sua. Hoje em dia faz é me deixar de pau duro. Você é sexy e quando aparenta maldade é irresistível”.

Diante da situação, Accorsi, que também é deputada federal, se manifestou por meio das redes sociais da sigla. O comunicado começa mencionando preocupação e indignação.

Na nota, a presidente estadual diz que “o Partido dos Trabalhadores não compactua com situações de violência contra mulheres e meninas”.  E descreve: “Defendemos uma punição rigorosa, com direito a ampla defesa, de acordo com a lei, e a expulsão do partido”.

Por fim, considera imprescindível que o assessor passe por um tratamento adequado. Isso porque, questionado sobre o caso de atos obscenos, Camilo se defendeu com diagnósticos de Transtorno Afetivo Bipolar e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Confira a nota na íntegra:

Acompanho com preocupação e indignação o caso de um assessor parlamentar, filiado ao Partido dos Trabalhadores, que foi flagrado em ato obsceno na janela de um apartamento em Goiânia.

De acordo com o Código Penal Brasileiro, o ato obsceno é considerado crime previsto no artigo 233 e se configura pela prática de um ato sexual em local público ou exposto ao público.

Lamento muito o ocorrido e informo que o Partido dos Trabalhadores não compactua com situações de violência contra mulheres e meninas. Defendemos uma punição rigorosa, com direito a ampla defesa, de acordo com a lei, e a expulsão do partido.

Também consideramos que é imprescindível que ele passe por um tratamento adequado, uma vez que atribuiu os fatos a um adoecimento psicológico e apresentou laudos que atestam transtornos psiquiátricos.

Adriana Accorsi
Deputada federal e Presidenta estadual do PT em Goiás
Goiânia, 09/12/2025

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Natália Sezil

Natália Sezil

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Goiás, é estagiária do Portal 6 e atua na cobertura do cotidiano. Apaixonada por boas histórias, gosta de ouvir as pessoas, entender contextos e transformar relatos em narrativas que informam e conectam o público.

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