Cidade na divisa de Goiás com Mato Grosso tem menos de 100 mil habitantes, mas já foi considerada a maior do mundo
Atrás de rios calmos, esconde-se a marca de um território que já foi gigante

Criada em 13 de junho de 1924, data que homenageia seu padroeiro, Santo Antônio e emancipada em 15 de setembro de 1948, Barra do Garças guarda uma história singular e impressionante no coração do Centro-Oeste brasileiro.
Localizada no Vale do Araguaia, na divisa entre Mato Grosso e Goiás, a pequena cidade hoje soma cerca de 72 mil habitantes (segundo estimativas de 2025 do IBGE) e figura como o décimo município mais populoso de Mato Grosso.
Mas o que chama atenção não é sua população atual e sim o tamanho que um dia ela teve. Na década de 1950, Barra do Garças chegou a administrar um território tão vasto que foi considerada o maior município do mundo em extensão territorial.
À época, incorporava distritos como Cocalinho, São Félix, Luciara, Canarana, Novo São Joaquim e Araguaiana, regiões que, ao longo das décadas seguintes, foram se emancipando e se tornando municípios independentes, reduzindo drasticamente a área original de Barra.
O crescimento inicial da cidade está intrinsecamente ligado ao movimento de povoamento do interior do Brasil, impulsionado pela navegação no Rio Araguaia, pelo garimpo e pelas frentes de colonização, fatores que atraíram migrantes e fizeram de Barra do Garças um polo de desenvolvimento regional desde meados do século XX.
Com o passar dos anos, a emancipação dos distritos fragmentou o território, mas não diminuiu a relevância da cidade: ela se consolidou como centro de referência econômica e social do Vale do Araguaia, apoiada no agronegócio, agricultura (soja, arroz, milho) e, mais recentemente, no turismo.
Hoje, Barra do Garças também vive uma fase de renovação urbana e cultural. Em 2025, por exemplo, será inaugurado o maior centro de eventos do Vale do Araguaia, espaço de quase 3,5 mil metros quadrados que promete receber desde congressos até shows e manifestações artísticas, reforçando o papel da cidade como polo não só econômico, mas também cultural da região.
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