Carteira do autista: brasileiros com o transtorno têm direito a benefícios que garantem atendimento prioritário em vários lugares

Documento oficial assegura prioridade também em restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos de alimentação

Pedro Ribeiro Pedro Ribeiro -
Carteira do autista: brasileiros com o transtorno têm direito a benefícios que garantem atendimento prioritário em vários lugares
(Foto: Reprodução)

Brasileiros diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA) têm direito à Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea), documento que garante atendimento prioritário em diversos serviços públicos e privados, inclusive em estabelecimentos comerciais de grande circulação.

Criada por lei federal, a carteira facilita a identificação da condição e evita constrangimentos, permitindo que a pessoa com TEA tenha seus direitos respeitados sem a necessidade de apresentar laudos médicos a todo momento.

Na prática, a Ciptea garante prioridade em filas, guichês e atendimentos, o que inclui locais como hospitais, bancos, repartições públicas, aeroportos e transporte coletivo. O direito também se estende a restaurantes, lanchonetes e redes de fast food, como McDonald’s, onde a pessoa com TEA pode ser atendida primeiro, mesmo que chegue após outros clientes.

O atendimento prioritário nesses estabelecimentos é especialmente importante para pessoas com autismo que apresentam hipersensibilidade sensorial, dificuldade com espera prolongada ou estresse em ambientes cheios e barulhentos.

A carteira também auxilia no acesso a serviços de educação, assistência social, lazer e cultura, além de favorecer a compreensão por parte de funcionários e atendentes em situações que exigem adaptação.

A Ciptea pode ser solicitada por qualquer pessoa com diagnóstico de TEA, independentemente da idade. No caso de crianças ou pessoas que necessitam de apoio, o pedido pode ser feito pelos pais ou responsáveis legais. A emissão do documento é gratuita.

O processo de solicitação varia conforme o estado ou município, mas geralmente é feito junto às secretarias de Assistência Social, Saúde ou Direitos Humanos, podendo ocorrer de forma presencial ou online.

Especialistas reforçam que a carteira não cria novos direitos, mas garante o cumprimento efetivo dos direitos já previstos em lei, inclusive o atendimento prioritário em estabelecimentos privados de uso coletivo.

A orientação é que pessoas com autismo e seus familiares conheçam esse direito e façam uso da carteira sempre que necessário, garantindo mais respeito, inclusão e dignidade no dia a dia.

Siga o Portal 6 no Google News fique por dentro de tudo!

Pedro Ribeiro

Pedro Ribeiro

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Colabora com o Portal 6 desde 2022, atuando principalmente nas editorias de Comportamento, Utilidade Pública e temas que dialogam diretamente com o cotidiano da população.

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos grupos do Portal 6 para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.

+ Notícias