Por que o bacalhau é tão caro? A técnica industrial milenar que transforma diferentes peixes em um dos sabores mais valorizados do Brasil
Um processo antigo explica por que esse alimento atravessou séculos valorizado

Presente nas ceias brasileiras e símbolo de datas especiais, o bacalhau chama atenção não apenas pelo sabor marcante, mas também pelo preço elevado.
Em comparação a outros peixes, ele costuma custar mais caro e levanta uma pergunta recorrente entre consumidores: afinal, por que o bacalhau é tão valorizado e caro? A explicação disso tem certo contexto histórico, geográfico e uma técnica industrial que atravessa séculos.
O que chamamos de bacalhau não é apenas um peixe, mas o resultado de um processo específico em cima da carne do peixe. Tradicionalmente, o verdadeiro bacalhau é feito a partir do Gadus morhua, pescado em águas frias do Atlântico Norte, especialmente na Noruega e no Canadá.
Após a captura, o peixe passa por um rigoroso método de salga e secagem, criado ainda na Idade Média para conservar o alimento durante longas viagens marítimas.
Com o tempo, outras espécies passaram a ser utilizadas no mesmo processo, como o saithe e o ling, dando origem a diferentes tipos de bacalhau vendidos no mercado. O valor final não depende apenas da espécie, mas da qualidade da salga, do tempo de cura e das condições de secagem.
Quanto mais lento e controlado o processo, mais firme fica a carne e mais intenso é o sabor, características altamente valorizadas na gastronomia.
No Brasil, o preço também reflete fatores externos, como importação, variação cambial e custos logísticos. Mesmo assim, o bacalhau mantém seu status de ingrediente nobre, associado à tradição, à memória afetiva e à celebração.
Mais do que um peixe, ele representa uma técnica milenar que transformou um alimento simples em um dos sabores mais emblemáticos e desejados da mesa brasileira.
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