O corte do alho: o jeito que você corta faz toda a diferença no sabor da comida, segundo donas de casa
Forma de cortar o alho altera intensidade, aroma e resultado final das receitas, explicam donas de casa experientes

Na cozinha do dia a dia, um detalhe simples costuma passar despercebido, mas muda completamente o sabor da comida: a forma como o alho é cortado. Presente em praticamente todas as receitas brasileiras, o alho não tem um único gosto. A intensidade varia conforme o preparo antes de ir ao fogo.
Donas de casa experientes explicam que não é apenas a quantidade utilizada que define o sabor. O corte interfere diretamente nos compostos liberados durante o cozimento, o que pode deixar a comida suave, equilibrada ou extremamente intensa.
Isso acontece porque, dentro do alho, existe uma substância chamada alicina, responsável pelo cheiro e pelo sabor característico. Ela só é liberada quando as células do alimento são rompidas. Quanto maior o rompimento, mais forte será o gosto.
Quando o alho é usado inteiro, quase não há ruptura das células. O resultado é um sabor mais leve e levemente adocicado, ideal para carnes assadas, caldos e cozimentos longos. Além disso, esse método reduz o risco de amargor.
Já o alho fatiado em lâminas rompe poucas células, liberando aroma sem exagerar na intensidade. Por isso, é indicado para refogados suaves, legumes, peixes e massas leves, onde o tempero precisa aparecer de forma equilibrada.
O alho picado libera mais alicina, deixando o sabor mais marcante. Esse corte é bastante usado em arroz, feijão e molhos quentes. No entanto, exige atenção ao fogo, pois queima com facilidade e pode amargar.
Quando o alho é esmagado, quase todas as células se rompem. O sabor se torna forte e persistente, funcionando bem em marinadas, molhos crus e finalizações. Por outro lado, o excesso pode dominar a receita.
Além do corte, o fogo também influencia o resultado. Fogo baixo mantém o aroma mais suave, enquanto fogo alto intensifica rapidamente o sabor. Por isso, alho picado ou esmagado costuma entrar por último no preparo, evitando que queime.
No fim, não existe corte certo ou errado. Existe o corte adequado para cada prato. Entender essa diferença ajuda a controlar o sabor e transforma completamente o resultado final da comida.
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